A Opinião de André Loureiro

Presidente do PSD da Batalha

Votos de felicidade para o ano de 2020

O nosso povo costuma dizer que “tristezas não pagam dívidas” e no início de um novo ano e a caminho de uma nova década, sugere-me que recorde os sentimentos mais positivos da nossa sociedade e deixe de lado o pessimismo militante que muitos teimam em embrulhar a sociedade e feitos da nossa terra.

A esse propósito, o Papa Francisco numa entrevista um jornal argentino sugere, de forma muito informal, alguns conselhos sobre como ser feliz. Ideias simples de uma personalidade brilhante que recorda algumas “dicas” sobre a felicidade que todos procuramos (passo a citar apenas cinco pensamentos): “Vive e deixar viver é o primeiro passo da paz e felicidade”; “Partilhar os domingos com a família”; “Ajudar os jovens a conseguir um emprego”; “Cuidar da Natureza”; e “Dar-se aos outros”.

Parece tarefa fácil, são parte de um caminho que certamente todos idealizamos, mas bem sabemos que estas “dicas” são mais do que um guião para felicidade, constituem um desafio diário na vida em sociedade onde a tentação da crítica fácil, do individualismo ou da intolerância para com a diferença, muitas vezes, diria mesmo, vezes mais, são a norma que prevalece nas redes sociais e em muitas conversas de rua.

Preocupação maior quando gente mais informada, apregoando-se como progressistas e modernos, se identificam cada vez mais com uma opção de vida anti-sistema, sem referências e que convivem bem com as más-línguas da nossa terra, de quem está contra tudo e contra todos. Uma minoria, é certo, mas é bastante comum ler e ouvir “os velhos do Restelo”, como eternizou Luís Vaz de Camões, a anunciar desastres e as maiores tropelias, só pelo simples facto de ainda não terem compreendido que há mais mundo para além da sua existência.

O traço comum neste comportamento é a reação imediata a qualquer novo projeto municipal, seja na crítica de despesismo às obras emblemáticas que vão reabilitar o antigo campo de futebol da Batalha ou na construção de um pavilhão desportivo em São Mamede, seja na desconfiança de ações emblemáticas de sensibilização ambiental ou de proteção dos animais. Numa palavra, tudo está mal, pela simples razão que poderá contribuir para a felicidade dos munícipes. E isso, meus caros leitores, para uma certa visão da nossa terra, projetos bem idealizados é coisa do passado.

Seja como for, uma conclusão podemos tirar: para se ser feliz na nossa terra ajuda muito ter-se uma boa imaginação, procurar compreender as diferentes sensibilidades e, por vezes, ignorar que certas opiniões nada mais procuram do que a maledicência.

Termino, parafraseando de novo o Santo Padre, que na mesma entrevista dizia “nunca desistas de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível!

Felicidades a todos e ao nosso Concelho da Batalha!

 


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