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Notícias dos Combatentes
Um dia memorável para os combatentes da Batalha
As imponentes e patrióticas cerimónias nacionais, comemorativas do centenário da assinatura do armistício, que pôs fim à 1ª Grande Guerra, ocorridas no dia 04 de deste mês, em Lisboa, tendo a Liga dos Combatentes como anfitriã e sob a presidência do Presidente da República, constituíram um marco indelével, para os combatentes em geral e os batalhenses em particular.
Anualmente, estas cerimónias costumam realizar-se em Belém, junto ao grandioso monumento aos combatentes caídos no ultramar mas, este ano, por se tratar do centenário do términos da 1ª Grande Guerra, uma data marcante para as dezenas de países que, tal como Portugal, nela litigaram, o Presidente da República quis dar uma ênfase especial à efeméride e daí a sua realização numa zona mais visível da capital: a avenida da Liberdade, onde desfilaram 4.500 militares, forças militarizadas e de segurança, meios mecanizados, aéreos, etc. e ainda próximo de 180 combatentes, tudo transmitido em direto, durante três horas, em quatro canais da RTP.
Inicialmente, estava previsto que a Batalha participasse no desfile com sete combatentes (porta-guião + seis) e, para o efeito, alugámos uma viatura de sete lugares. Todavia, quase na véspera (26 de outubro) fomos “convidados” a duplicar ou a triplicar aquele número. Principal razão: não havendo falta de voluntários, contudo, muitos deles não dispunham do traje adequado para participar no desfile e já não davam garantias de o obterem a tempo. Em contrapartida, sendo “superiormente” sabido que os combatentes batalhenses têm orgulho no seu passado, primam pelo seu aprumo e uma larga percentagem deles não só dispõe de tal traje como, nestas ocasiões, gosta de o exibir, eis a justificação para este convite de última hora, mas que muito nos honrou.
É certo que, a partir desse momento, foi um contra-relógio frenético, que durou praticamente até à véspera do evento, em especial através de contactos telefónicos com os combatentes que pudessem estar disponíveis para o desfile; contactos institucionais, para obtermos a cedência de uma viatura de transporte coletivo, ou uma verba para a alugarmos.
A adesão de combatentes foi a esperada mas, em 29 de Outubro, tivemos um enorme revés: não conseguimos nenhuma das duas ajudas pedidas. Grande “balde de água gelada”, sem dúvida, até por que havia outras despesas a suportar, designadamente a alimentação e custos similares, embora mais baixos, com a ida, no dia 03, de um grupo de sete combatentes aos treinos. Desistíamos? Caramba, os nossos combatentes não mereciam mais esta desilusão! Então, avançámos.
Alugámos uma viatura coletiva e, no dia 04, 20 “jovens” e patrióticos batalhenses voltaram a servir a Pátria (ao contrário de outros, inclusive por esse país fora, que apenas dela se servem), desfilando, na avenida da Liberdade, com enorme garbo e pundonor, perante os aplausos emocionados de muitos milhares de portugueses, representando galhardamente o seu núcleo e a Batalha.
E, como estes 20 companheiros têm um rosto e um nome, é com todo o orgulho que, obtida a sua anuência, aqui os felicitamos e, para memória futura, divulgamos as suas identidades: Porta-Guião: António Soares de Sousa (PRQ/Moçambique); desfile: António Carneiro Alves (PQR/Angola, Guiné, Moçambique), António Conceição Pinheiro (SM/Angola), Armando Guarda Moreira Pinheiro (FUZ/Guiné), Armando Matias Amado (SICA/Angola), Arménio Gomes Santos (INF/Moçambique), Aurélio Conceição Faria (SM/Angola), Carlos Augusto Neto Oliveira (SM/Moçambique), Inácio Santana Novo (CAV/Guiné), João Sousa Matos Grosso (ART/Angola), Joaquim Manuel Conceição Matias (SM/Moçambique), Joaquim Santana Ribeiro (SICA/Moçambique), José Franco Pragosa (ART/Moçambique), José Perpétua Francisco (SM/Angola), José Pragosa Marcelino (SM/Angola), Manuel Fino Ramos Belo (ART/Angola), Manuel Grosso Monteiro (SM/Moçambique), Manuel Grosso Valério (ENF/Moçambique), Manuel Oliveira Azevedo (ART/Moçambique) e Raul Ferreira da Silva (INF/Angola).
Glória aos mortos e honra aos vivos! (Para nosso alívio, ainda há muitos compatriotas com memória).
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