João Ramos
Fisioterapeuta
Smartphone e os problemas de coluna
Já parou para pensar quanto tempo do seu dia é direcionado ao uso do seu smartphone? O artigo deste mês dedica-se a abordar o tema do uso do smartphone e os problemas de coluna vertebral que daí advém.
O uso de tecnologias de informação e comunicação como smartphones e tablets tem aumentado todos os anos na população em geral. Por lazer ou por trabalho, em ambiente escolar ou familiar, estes aparelhos já estão bem enraízados no nosso dia-a-dia.
Segundo os investigadores nesta área, as lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o uso do smartphone incluem fadiga muscular devido aos movimentos repetidos do membro superior, essencialmente a flexão da cervical e a flexão do ombro. Os sintomas predominantes são: a dor, rigidez, alterações na sensibilidade na região cervical, ombros e braços; isto deve-se ao facto de se tratar de músculos estabilizadores para o movimento dos segmentos distais dos membros superiores.
Outra desvantagem do uso excessivo do smarthphone é a diminuição da atividade física. A Organização Mundial de Saúde recomenda que os adolescentes acumulem por dia pelo menos sessenta minutos de atividade física de intensidade moderada a vigorosa, tais como: brincar, jogar, praticar desporto, deslocações, atividades de lazer, educação física ou exercício planeado.


Sabia que inclinar o pescoço para olhar para o seu smartphone pode aplicar uma força de cerca de trinta quilos na coluna? Esta foi a conclusão de um estudo publicado na revista científica Surgical Technology International, que estudou o impacto da utilização do smartphone na coluna cervical. A conta é simples: a cabeça humana pesa (em média) cinco quilos. Com a inclinação da mesma no sentido frontal, o peso é exponenciado; dependente do grau de inclinação, a força de gravidade aumenta.
Com o pescoço inclinado a sessenta graus, o impacto na coluna do utilizador chega aos vinte e sete quilogramas. Já calculou o esforço que é para a sua coluna?
Consequência da utilização excessiva das tecnologias bem como outras posições e atividades que afetam a dinâmica normal da coluna vertebral, investigadores concluem que cada vez é maior o número de adolescentes e adultos com problemas de coluna. Desde torcícolos musculares, escolioses, até prolapsos discais e hérnias discais, são inúmeras as disfunções da coluna que se podem desenvolver fruto deste “vicio da população do século XXI”.
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