Rosas do Lena preocupado com prédio em ruínas

O Rancho Folclórico Rosas do Lena considera que “tarda” encontrar-se uma solução para o prédio contíguo

ao Museu Etnográfico da Alta Estremadura – Casa da Madalena, cuja ruína poderá afetar o espaço museológico administrado pelo agrupamento da Rebolaria, na Batalha.

No relatório da atividade no ano passado, aprovado a 19 de março, o rancho lamenta: “Infelizmente agrava-se o estado de degradação de um edifício vizinho do do museu, continuando a procurar-se uma solução, que tarda”. “Tem sido ventilada a possibilidade da cedência do prédio arruinado ao museu, que necessita de mais espaço para as coleções, o que tem sido inviabilizado pelos herdeiros da pequena propriedade”.

Para a direção liderada por José António Bagagem, “sem intervenção adequada, acabará por ruir e afetar com gravidade o edifício do museu etnográfico” que, “inclusivamente, poderá ser assaltado a partir da casa vizinha que está ao abandono”.

Ainda no âmbito do património, o documento destaca que, “apesar dos gastos constantes e avultados com a conservação - além do museu, a sede, a casa da cultura, arrecadações e espaços envolventes - e com a atividade do agrupamento, especialmente as despesas com transportes para festivais de folclore, o equilíbrio entre despesas e receitas tem-se acentuado”.

Mas, o Rosas do Lena tem outras preocupações, além das relacionadas com a conservação do património material, porque “um grupo folclórico não pode limitar-se a bailar umas modas, tantas vezes copiadas doutro grupo congénere, a envergar um trajo, a fazer uns ensaios periódicos e a organizar um festival anual”.

“A sua atividade – refere o relatório - tem de ser muito mais do que isso, começando pelo trabalho de investigar, recolher e saber aproveitar o cancioneiro local e averiguar todos os outros aspetos da cultura popular da sua região que, evidentemente, não se limitam às modas para bailar e às cantigas que as acompanham”.

Por isso, “tem sido constante preocupação” do grupo da Rebolaria “o cancioneiro religioso, o cancioneiro social, a arte de confecionar e deitar balões de ar quente ou a de fazer brinquedos e instrumentos musicais de cana, a medicina popular e as rezas das curas ou a utilização dos instrumentos tradicionais”.

As buscas no cancioneiro regional resultaram em mais três modas “muito originais”, uma delas o vira mandado que ainda não tinha e o “trabalho continuado de Joaquim Moreira Ruivo e da escola de harmónios e concertinas proporcionaram ao agrupamento a possibilidade de aproximar o grupo de tocadores das tocatas tradicionais mais condizentes com os tons e os sons locais”.

Em novembro, gravou ”um novo e mais original” disco compacto (CD), que constitui o 14° registo do agrupamento, agora incluindo, além das modas para bailar, os cânticos da quaresma, as loas a Santo António, as rezas das curas e os rimances. O disco é apresentado este mês.

O agrupamento destaca ainda que “continuou a receber apoios decisivos da Câmara da Batalha, sem os quais não teria sido possível levar avante as mais importantes iniciativas que organizou” e “recebeu também apoios da junta da freguesia e da Caixa de Crédito Agrícola”.


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