Núcleo de Combatentes da Batalha
Notícias dos Combatentes
Rescaldo eleitoral
Como programado, em 06 de outubro pretérito decorreram, com a pacatez que já é habitual entre nós, as eleições legislativas para a Assembleia da República.
Como era mais ou menos previsível, ganhou o partido que governou na legislatura anterior, mas sem maioria absoluta, provavelmente com uma boa dose de desilusão para o mesmo, mas, como também era expectável, e em especial desejável, para todos os restantes concorrentes.
Salvo erro, na história da democracia bateu-se o recorde de partidos e/ou organizações participantes (21), assim como o número dos que conseguiram ter assento no Parlamento: 10.
A maioria de nós dirá que quanto mais diversidade de opiniões houver, melhor será para o debate de ideias e a democracia, mas o que em nada ajuda a democracia, bem pelo contrário, é a abstenção, cujo recorde foi mais uma vez batido; negativo e preocupante recorde, sem dúvida!
Com o chavão-base de que os partidos são todos a mesma coisa e os políticos que neles gravitam, direta ou indiretamente, são quase todos maus e corruptos, há quem continue a apelar à abstenção, como remédio para tais males.
Não é este o nosso entendimento e cremos que quem defende estas ideias só pode ter uma agenda escondida por trás ou então ser um completo inconsciente, porque nunca a abstenção resolverá os problemas que afetam o grosso da sociedade portuguesa e cuja culpa atribuímos exclusivamente aos políticos.
Ora, também na nossa modesta opinião, isto não é inteiramente verdade e, analisando friamente o panorama vigente, os abstencionistas, tanto mais que a maioria o será por comodismo, têm quase tanta culpa do que se passa como os políticos que acusam de todos os males, pois que se demitem voluntariamente das suas responsabilidades como cidadãos de pleno direito, que deviam ser e só não são porque não querem.
Mas voltemos ao rescaldo eleitoral.
Sendo certo que se repete um governo minoritário do mesmo partido, todavia, dá-se aqui um paradoxo: esse partido saiu bastante reforçado nestas eleições, mas provavelmente irá ter mais dificuldades em governar do que anteriormente, pois deixou de ter o apoio implícito dos partidos à sua esquerda e se, a estes, a certo momento, der a “veneta” de actuarem como o fizeram em 2011, lá se vai o governo pelo “cano abaixo”…
Por falar no governo e voltando aos recordes, este também bate um por larga margem: tem 70 elementos, desde o primeiro-ministro aos secretários de estado. Será bom? Será mau? As opiniões dividem-se, mas só o futuro o dirá.
Por falar em opiniões, não há “bicho careto” que não tenha a sua mas, infelizmente, a isenção e o distanciamento andam quase sempre arredados. Isto é, contar-se-ão pelos dedos de uma só mão os ditos politólogos e comentadores da nossa praça capazes de debitar uns “bitaites” sem a camisola partidária vestida. De qualquer quadrante político, frise-se.
Numa última análise a este novo governo, ficamos numa grande expetativa acerca do que vai sair duma tal Secretaria de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes. Olá, lá! A que propósito é que os combatentes serão aqui metidos?! Não queremos influenciar ninguém, mas nós vamos esperar sentados.
Terminamos com a agenda dos próximos eventos do Núcleo:
- 12 de novembro: 10h00, Sala do Capítulo do Mosteiro: Invocação do Armistício - Homenagem aos Combatentes da 1ª Grande Guerra, com honras militares. Aberto ao público.
- 15 de novembro, a partir das 19h00, na coletividade de Casal do Marra: comemoração do Dia de São Martinho, com a habitual e muito especial castanhada. Agradece-se a inscrição no núcleo, dos sócios que queiram estar presentes, para que não haja faltas nem desperdícios.
- 14 de dezembro, a partir das 10h00, na Marinha Grande: Festa de Natal dos Núcleos do Centro Litoral Oeste (Alcobaça, Batalha, Caldas da Rainha, Leiria, Marinha Grande (organizador), Peniche e Rio Maior. As inscrições para participar já estão abertas no Núcleo.
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