Refeições dos alunos viram “caos insuportável”

O Ministério da Educação prometeu intervir no caso das refeições servidas na Escola Básica e Secundária da Batalha, após denúncias de "graves deficiências", podendo ser “multada” a empresa responsável pelo fornecimento da comida às crianças.

A câmara municipal pediu no dia 5 deste mês à secretária de Estado Adjunta e da Educação, “a intervenção urgente junto da concessionária de refeições escolares na Escola Básica e Secundária da Batalha, devido “ao incumprimento grave do contrato realizado pelo Ministério da Educação e a empresa, uma vez que desde o início do presente ano letivo, sucedem-se ocorrências de falta de comida, atrasos sistemáticos no fornecimento das refeições por ausência de recursos e falta de qualidade dos alimentos confecionados, o que tem conduzido a uma situação de “caos e insuportável”.

A direção do agrupamento de escolas comunicou à Direção de Serviços Regional do Centro, do Ministério da Educação, “as crescentes falhas e dificuldades do serviço de refeições, inclusive graves lacunas ao nível da limpeza e salubridade nos espaços de manuseamento dos alimentos, situação que é incompreensível quando a empresa está a utilizar um novo refeitório equipado com as melhores condições e equipamentos”.

“A ICA [a concessionária do serviço] recebeu um espaço de cozinha e de refeitório novos que, em apenas 15 dias, acusam o efeito da falta de manutenção e limpeza adequadas. Temos reiterado que a quantidade de pessoal disponibilizado para a Batalha e a coordenação e liderança do mesmo têm deixado muito a desejar. Quando alertámos para a sujidade no final de cada dia no refeitório, foi-nos respondido que o chão do mesmo só era lavado uma vez por semana, à sexta-feira”, revelou o agrupamento de escolas.

A Associação de Pais do Agrupamento de Escolas da Batalha também já intercedeu junto da Direção de Serviços Regional do Centro da Educação, solicitando a sua intervenção para resolução da situação que consideram “incomportável”, em que “parece evidente é que esta empresa de fornecimento de refeições apresenta diversas deficiências de base graves, sobretudo por falta de organização do pessoal, por falta deste (pois há trabalhos que não são feitos na véspera, para permitir haver mais tempo nas horas de "rush"/mais utilizadores), e por falta de formação e de espírito de equipa”.

Câmara poderá assumir a prestação deste serviço 

O presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos, revelou, entretanto, que a autarquia recebeu um contacto imediato da secretária de Estado, Alexandra Leitão, “que se mostrou preocupada com o assunto”, que resulta de um “incumprimento grave” de um contrato que foi celebrado entre o Ministério da Educação a empresa.

Em simultâneo foram tomadas medidas de reforço das equipas e a ICA foi notificada de que lhe poderiam ser aplicadas de “multas contratuais”, uma vez que o contrato não estava a ser cumprido.


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