Núcleo de Combatentes da Batalha

Notícias dos Combatentes

Quem cuidará de nós?

Decorria o meio do mês de agosto pretérito, quando o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo foi abordado por um grupo de “negacionistas”, contra a vacina da Covid-19, exaltados, roçando a arruaça e agressão. Ora, muitos de nós seremos também “negacionistas”, diria antes intolerantes, ao tabaco, álcool, etc., e não insultamos fumadores por não fumarmos ou os não fumadores por fumarmos! Simplesmente não fazemos ridículas manifestações sobre o tabaco, a favor ou contra; quem fuma ou não, sobre o álcool; acerca de quem bebe ou não.

As vacinas, no geral, são de toma voluntária! A minoria de “negacionistas” apregoam o quê, então? Reivindicam o quê, então? Querem demonstrar o quê, então? Querem retirar a liberdade de escolha e opção da larga maioria da população assisada?

Como pensam que as doenças mortais de há alguns anos foram erradicadas do planeta? Poder-se-iam dar mil exemplos de assuntos dos quais discordamos mas, no entanto, não andamos na rua de cartaz, a bradar vernáculo contra… Comparando ao seguro automóvel, é uma chatice ter de pagar, mas todos querem que os outros tenham!

Não existe vacina, cura ou medicamento 100% seguro, uma verdade de La Palice. Toma quem quer. Se compararmos a vacina com um simples paracetamol talvez tenhamos consciência da realidade de nos submetermos à medicina, como forma de escaparmos o máximo de tempo possível ao “talhão da liga dos combatentes”.

Assim, e só para que compreendamos, alguns dos efeitos secundários do Paracetamol podem ser inchaço da face, particularmente à volta da boca (língua e/ou garganta), dificuldade em respirar, suores, náuseas ou queda brusca da tensão arterial; sintomas estes que podem significar que está a ter uma reação alérgica grave, que pode colocar a sua vida em risco. Outros efeitos frequentes são a sonolência ligeira, náuseas e vómitos. Os pouco frequentes passam por vertigens, sonolência, nervosismo, sensação de ardor na garganta, diarreia, dor abdominal (incluindo cãibras e ardor), prisão de ventre, dor de cabeça, aumento da transpiração e diminuição excessiva da temperatura corporal. Os efeitos raros podem verificar-se por aumento de algumas enzimas do fígado, vermelhidão da pele, e ainda existem efeitos secundários muito raros, que também poderão atingir qualquer de nós (www.benefarmaceutica.pt/ben-u-ron-1-g-comprimidos/)

Ora, a lista de efeitos secundários das vacinas da Covid-19 ocupam muito menos espaço neste artigo de opinião, a saber: no braço onde levou a vacina, alguma dor, vermelhidão, inchaço (como em todas as vacinas) e, no geral, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, arrepios, febre e náuseas. (www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/vaccines/expect/after.html)

Assim, comparando os sintomas do Paracetamol com as vacinas anti Covid, constata-se que é menos prejudicial ser inoculado com estas que tomar um “simples” comprimido para a dor de cabeça, porque este mesmo poderá provocar maiores “dores de cabeça”.

Nota: por detrás deste texto está um pai amargurado, ao ver o seu filho enfermeiro, em quem apostou o esforço de uma vida para o ver formado, filho esse esgotado, a despedir-se de efetivo no hospital onde trabalha; desistir de uma das mais ilustres, importantes e dignas profissões do mundo, para regressar à universidade e estudar engenharia …

Se os profissionais de saúde não forem reconhecidos, se não lhes pagarem com “aplausos”, pois palmas não pagam contas nem metem comida na mesa, se todos desistirem, quem cuidará de nós?

Certos anormais que por aí vegetam, se tivessem vivido há cerca de 50 anos, não teriam tido oportunidade para os “devaneios” que a “fauna” que invectivou o vice-Almirante Gouveia e Melo demonstrou. Teriam sido mobilizados para irem para uma guerra injusta, da qual regressariam traumatizados, desmembrados, cegos ou num caixote de madeira e nem coragem teriam para chamar assassinos àqueles que os tinham enviado para tão cruel destino.

Batalhenses: continuem a resguarda-se, com máscara, lavagem das mãos e distancia física. O seguro morreu de velho! Ah! E não esqueçam o acto eleitoral, no dia 26. Votar é um dever cívico!


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