A Opinião de André Loureiro
Presidente do PSD da Batalha
Prevenção e bom senso no combate ao Coronavírus
Segundo um estudo recente, o uso generalizado de máscara reduz potencial de contágio na sociedade, sendo mesmo considerado um elemento decisivo na mitigação da pandemia do vírus da Covid-19.
Na opinião dos cientistas autores do estudo publicado pela reputada The Royal Society (Sociedade Real de Londres), “a adoção do uso de máscaras faciais por 25% da população diminui o nível de infeção na população” e com “100% de adoção, a curva de progressão da doença é achatada significativamente e o número total de indivíduos infetados é reduzido”. E isto mesmo que a medida não seja combinada com bloqueios, ou seja, em situações como a que ocorre atualmente em Portugal, por exemplo, em que já aconteceu o levantamento do maior número de medidas de restrição.
O estudo classifica mesmo os resultados de “impressionantes” já que permitem ver que o uso de máscara traz benefícios não só para quem a usa como para toda a população. “A redução da inalação das gotículas é de 50% em comparação com a ausência de máscara”, conclue. E os cientistas referem ainda que se o uso de máscara for combinado com medidas restritivas de confinamento isso “pode resultar numa forma aceitável de gerir a reabertura da atividade económica na pandemia da Covid-19″.
Neste particular, não é preciso ser-se um especialista na matéria para compreender que o uso de máscara é uma medida de bom-senso e preventiva, face aos riscos bem presentes de contágio do novo Coronavírus (Covid-19).


A Câmara Municipal da Batalha foi uma das primeiras autarquias portuguesas e a nível europeu a disponibilizar a toda a população máscaras comunitárias, avançando logo em meados de abril com a plataforma “BatalhaONLife”, que beneficiou da generosidade de muitos jovens voluntários.
Recorde-se que em Portugal o uso obrigatório de máscaras em espaços fechados só foi decidido em maio, quando a Organização Mundial de Saúde deu indicações que isso trazia vantagens na proteção contra o novo Coronavírus.
Hoje parece fácil recomendar o uso de máscara obrigatório, mas à data foi uma medida muito criticada por “cientistas” locais e por outros com maiores responsabilidades a nível nacional. Essa consciência não impediu – e ainda bem – que a nossa autarquia avançasse com a medida, suportada por uma parceria que envolveu três empresas locais, num processo colaborativo que também permitiu assegurar a continuação da laboração destas unidades.
Este exemplo de inovação e parceria locais, em minha opinião, deve orientar os próximos passos para enfrentar a grave crise sanitária que vivemos e, sobremaneira, deverá ser o alicerce para a retoma da vida social e económica que todos consideramos fundamental. Ou seja, considero que é necessário nos próximos tempos de exigência, em primeiro lugar, uma forte determinação de todos na implementação das medidas que se revelem necessárias para mitigar o surto ainda bem presente da Covid-19 e, em segundo lugar, muito bom senso na gestão da recuperação da normalidade social e económica.
Por essa razão, o meu apelo final vai para todos os leitores para que, naturalmente, em liberdade plena possam ainda assim pensar que a ação de cada um de nós terá impacto na saúde e resiliência do coletivo. Não haja dúvidas, enquanto não existir tratamento eficaz para a Covid-19, a melhor opção é prevenir e usar máscara, a par do distanciamento social. Fiquem bem!
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