Ana Catarina Bento Gonçalves

Médica Interna na USF Condestável (Batalha)

Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são infeções contagiosas cuja forma mais frequente de transmissão é através das relações sexuais (por via vaginal, oral ou anal).

Existem vários tipos de agentes infecciosos que podem estar envolvidos na transmissão das DSTS: vírus, fungos, bactérias e parasitas.

As infeções mais conhecidas são: infeção pelo VIH, infeção pelo vírus do Papiloma Humano (HPV), Candidíase, Infeção por Chlamydia trachomatis, Gonorreia ou blenorragia, Pediculose púbica, Hepatite B, Sífilis, Herpes genital e Tricomoníase.

As DSTs transmitem-se por contacto com uma pessoa infetada, que pode ou não exibir sintomas ou sinais visíveis da doença.

Na presença de sintomas, estes podem consistir em: secreção anormal (corrimento mucoso ou purulento) pela vagina ou pénis, que pode acompanhar-se de picadas ou sensação de queimadura genital; presença de vermelhidão, manchas brancas, bolhas, verrugas ou úlceras nos órgãos genitais, boca ou ânus; dores pélvicas; dor ou desconforto durante o ato sexual e/ou febre.

O tratamento das DST’s deve ser sempre dirigido aos parceiros envolvidos na relação sexual, mesmo que assintomáticos. Desta forma, evitam-se complicações graves como é o caso da infertilidade, cancro do útero e pénis e SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

É fundamental estar consciente dos riscos, sobretudo quando se desconhece o comportamento e o estado clínico do parceiro sexual. Um maior número de parceiros não se traduz necessariamente em maior risco, desde que todos tenham adotado comportamentos de minimização do risco.

A melhor estratégia de prevenção do aparecimento de uma DST é a prática de sexo seguro. O preservativo é sem dúvida o método mais eficaz, quando usado de forma correta durante as relações sexuais. Este é um método atualmente acessível a todos, sendo que a sua distribuição é feita de forma gratuita nos Centros de Saúde.

Em caso de aparecimento de sintomas, característicos destas infeções, ou caso considere poder ter estado exposto a uma DST, mesmo na ausência de sintomas, consulte o seu médico. A pessoa com quem teve relações sexuais deve ser alertada, mesmo que não apresente sintomas, devendo esta igualmente consultar o médico.

A prevenção e a deteção precoce são a melhor maneira de evitar complicações de saúde mais graves. Esteja atento aos sinais.

 


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