Joana Magalhãaes

Pestanas que falam

A prenda certa é um “Obrigado”

Dezembro. Dezembro é tempo de prendas, reunião familiar e retrospetivas. O Natal está aí à porta. As cidades já se iluminam com luzes, árvores e símbolos quase numa competição para ver quem ganha o prémio de originalidade. Certo é que da decoração todos gostamos. É o chamado “espírito natalício”.

Com a chegada desse espírito, é também hora de fazer a clássica lista das prendas de Natal, um momento em que pensamos nas pessoas de quem mais gostamos e no presente que melhor as representa.

Este ano, pela primeira vez, tenho a minha própria lista e aquilo que parecia ser uma tarefa fácil não é. Como é que se reúnem na lista as pessoas que gostaríamos de presentear pelo bem de fazerem parte da nossa vida? Quando começamos a pensar nas nossas limitações, as crianças são a prioridade e os casais recebem apenas uma prenda.

No fim reduzimos tudo a uma lista com uma dúzia de nomes que representa uma pequeníssima parte das pessoas a quem gostaríamos de oferecer uma prenda. Porque a época também puxa pela emoção, é a altura de dizer “obrigada” a quem está ao nosso lado. E, na maioria das vezes, associamos o gesto a dar algo material que possam apreciar.

Ao mesmo tempo, enquanto se resolve o dilema das prendas, estamos já com o pensamento no final de ano e, claro, na velha tradição de olharmos para trás e pensarmos no que “fizemos da nossa vida” no último ano.

Como sempre, consideramos que passou demasiado rápido para a lista longa de coisas que prometemos cumprir em janeiro. Dezembro é sempre um mês de considerações.

De pensar nas nossas relações com os outros e connosco. Normalmente, seria também um mês de frio, chuva e muita roupa vestida para aguentarmos fora de casa.

Este ano falta a chuva, mas pode ser que seja um bom presságio para o novo ano, que traga mudança, como as estações do ano.


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