MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

Espaço do Museu

A praça que homenageia Mouzinho de Albuquerque

No coração da Vila da Batalha, a Praça Joaquim Mouzinho de Albuquerque, (1855 – 1902) evoca a memória do antigo Governador-Geral de Moçambique, nascido em 12 de Novembro na Quinta da Várzea, Batalha.

Descendente de uma das famílias portuguesas mais ilustres, era neto de Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque, militar, político e estadista, escritor, cientista e engenheiro a quem se ficou a dever a recuperação do Mosteiro da Batalha, a partir de 1840.

Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque fez carreira militar ingressando como voluntário no Regimento de Cavalaria, tendo também frequentado estudos na Escola do Exército após passagem pelo Colégio Militar de Santa Cruz.

Foi fiscal do caminho-de-ferro de Mormugão, na Índia, sendo, mais tarde, nomeado Governador-geral do Distrito de Lourenço Marques (atual Maputo-Moçambique).

Notabilizou-se pelas campanhas em África, tendo protagonizado a captura do Imperador Gungunhana na campanha de pacificação do território, isto é, de subjugação das populações locais à administração colonial portuguesa, impedindo também o avanço inglês em Moçambique. Este foi um dos atos que tornou Mouzinho de Albuquerque num dos mais distintos administradores coloniais.

Foi, mais tarde, nomeado responsável pela educação do príncipe real D. Luís Filipe de Bragança. Aponta-se que se tenha suicidado em 1902, em Lisboa, embora algumas fontes atribuam a sua morte a homicídio

Na Praça, evidencia-se o busto em sua homenagem, da autoria de Fernando Belo, que anualmente, no mês de Julho, ganha particular simbolismo no contexto das cerimónias oficiais da Arma Cavalaria do Exército Português, de que é Patrono. No corrente ano, as comemorações têm lugar a 21 de Julho, sábado, decorrendo no dia anterior, sexta-feira, pelas 21h30, precisamente nesta praça, um espetáculo pela conceituada Orquestra Ligeira do Exército.

Ainda na Praça, destaca-se o edifício com o nome de Joaquim Mouzinho de Albuquerque, cuja construção inicial se aponta para século XVI. O imóvel sofreu intervenções no século XIX e foi reconstruído no século XX, tendo albergado os Paços do Concelho, repartições públicas, o tribunal, uma escola, a cadeia e o posto de turismo, e a biblioteca municipal.

Serve hoje de espaço de utilidade cultural, com a Galeria de Exposições e o Arquivo Histórico Municipal. - Fontes: Oliveira, Pedro, Batalhenses Ilustres, APRDB, 2009, pp. 19


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