Poluição suinícola da região chega à ONU

A Juventude Social Democrata do Distrito de Leiria (JSD Leiria) “tomou a ousadia de escrever” ao secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), “de modo a dar-lhe conhecimento de um problema ambiental que afeta vários concelhos do distrito”: a poluição suinícola.

João Antunes dos Santos, líder da JSD Leiria, escreveu a António Guterres no Dia Mundial do Ambiente para “lhe falar da poluição suinícola na bacia hidrográfica Rio Lis, um problema com mais de 20 anos”.

“Há mais de duas décadas que as descargas ilegais de efluentes nas linhas de água são frequentes, destruindo a jusante todo o habitat: fauna e flora. Comprometendo todo o ecossistema da região. A água fica escura, com espuma à tona e o ar torna-se irrespirável. Os terrenos onde são depositados os efluentes ficam enlameados até saturarem, pela toxidade desses efluentes”, refere.

Na sua perspetiva, “as atuais estações de tratamento não têm capacidade de acolher estes efluentes e a estratégia de espalhamento pelos terrenos não comporta a quantidade que é produzida. Ano após ano, governo após governo, todos tentam encontrar uma solução, que esteve quase a sair do papel, em 2014, quando o plano para a construção de uma Estação de Tratamento de Efluentes foi aprovado. Havia inclusive financiamento comunitário. O investimento total ascenderia aos 20 milhões de euros. Porém, a mudança de governo veio deitar por terra esse plano”.

Segundo a missiva, “estima-se que por dia sejam produzidos 2.500 m3 de efluentes suinícolas”, existindo “na região de Leiria mais de 400 suiniculturas, o que representa 20% da produção nacional e emprega cinco mil pessoas”.

“Consideramos que uma boa solução não passa por uma castração do sector. A resposta a este problema passará antes pela criação de condições que permitam o devido tratamento dos efluentes suinícolas sem que continue o habitat a ser a vítima silenciosa deste crime ambiental. O problema está identificado, a solução está idealizada, falta somente vontade e recursos para se reverter esta vergonha que assola Portugal”, conclui João Antunes dos Santos.

 


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