Padre deixa a Batalha após 38 anos na paróquia
O padre José Gonçalves deixa a Batalha, 38 anos após ter assumido os destinos da paróquia, na sequência de uma organização eclesiástica anunciada na segunda-feira, 17, pelo bispo da diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto.
“O padre José Ferreira Gonçalves é nomeado capelão do Mosteiro da Visitação (na Batalha) e da Santa Casa da Misericórdia do concelho (SCMB), deixando o serviço paroquial da Batalha”, lê-se no comunicado divulgado pelo gabinete diocesano.
Em sua substituição foi nomeado pároco da Batalha e do Reguengo do Fetal o padre Armindo Castelão Ferreira, que deixa o serviço paroquial e as funções de vigário da Vara da Marinha Grande.
No caso da SCMB, José Ferreira Gonçalves substitui o padre Artur Ribeiro de Oliveira, que deixa as funções, embora continue a colaborar na vigararia de Ourém.
“O padre Clemente Dotti deixa, a seu pedido, a paroquialidade do Reguengo do Fetal, passando à situação de jubilado”, refere o comunicado.
A diocese explica que, “com o aproximar do termo do ano pastoral, D. António Marto procedeu às habituais diligências tendo em vista a organização eclesiástica, que terá efeito depois do verão”.
“As razões para estas mudanças são de vária ordem e vão desde as condições físicas de sacerdotes que, pela idade avançada, serão reencaminhados para serviços menos exigentes, até a pedidos formais de padres que estabeleceram metas cronológicas para a permanência nas paróquias”, adianta.
As nomeações e alterações abrangem paróquias, assistência espiritual de serviços e movimentos, e capelanias. No lote de nomeações, que abrange 23 sacerdotes, destaca-se a renovação da paroquialidade de 15 comunidades.
José Ferreira Gonçalves
“Pelas minhas contas, ao longo destes 50 anos, já celebrou dezanove mil missas e ainda a procissão vai no adro. E, certamente, aqui entre os presentes poucos são aqueles a quem, ou alguém da sua família, não tenha administrado algum sacramento”, referiu Júlio Órfão, ex-diretor do Mosteiro da Batalha, no almoço de confraternização que, a 15 de agosto de 2017, assinalou as bodas de ouro de ordenação sacerdotal do pároco da Batalha, José Ferreira Gonçalves.


José Ferreira Gonçalves nasceu a 07 de Abril de 1941 na bonita aldeia do Carregal, freguesia e concelho de Ourém, distrito de Santarém, mas diocese de Leiria.
Os seus pais, Manuel Francisco Gonçalves e Arminda da Conceição Ferreira, não obstante todas as dificuldades que na época se faziam sentir, conseguiram criar, educar e encaminhar na vida, para além do José mais cinco filhos, três rapazes (um dos quais, o Joaquim, já faleceu) e duas raparigas.
Concluído o ensino primário na escola situada à sombra das muralhas do castelo de Ourém, para onde se deslocava a pé, o jovem José Gonçalves entrou no Seminário diocesano, na Cova da Iria, em 15 de outubro de 1952. Terminou o Curso do Seminário em 1966.
A receção das diversas ordens sacras foi-se sucedendo em curto espaço de tempo. A Tonsura (que na altura incluía abertura da coroa no cocuruto da cabeça) em 19 de dezembro de 1964; o Subdiaconado em 23 de janeiro de 1966; o Diaconado em 27 de fevereiro de 1966 e a ordenação de Presbítero, em cerimónia presidida pelo então Bispo da diocese D. João Pereira Venâncio, na Sé Catedral de Leiria, em 15 de agosto de 1966 faz hoje [15 de agosto] precisamente 50 anos.
Decorridos apenas três meses após a sua ordenação foi nomeado, em novembro, coadjutor do Pároco de Monte Redondo, de onde saiu em finais de janeiro de 1971 por ter sido nomeado capelão militar. No entanto foi de curta duração a sua passagem pelas forças armadas dado que após conclusão do respetivo estágio foi dispensado desse serviço.
É ainda no ano de 1971 que por Provisão de 29 de junho é nomeado pároco da freguesia da Atouguia, onde se manteve nove anos, tendo deixado obra feita e gratas recordações.
Na sequência da Provisão datada 25 de dezembro de 1980 foi nomeado pároco da Batalha. No próximo mês de dezembro, o padre José Gonçalves completará 36 anos à frente dos destinos desta paróquia.
Enquanto pároco da Batalha, por Provisão de 2 de setembro 1993 foi, temporariamente, encarregue da paroquialidade da Calvaria, mantendo-se esta situação até fevereiro de 1994.
Ao longo do exercício do seu múnus sacerdotal nesta paróquia foi por diversas vezes vigário da Vara da Batalha”. NR: Texto adaptado do texto original de Júlio Órfão.
Foto: LMFerraz/Jornal da Golpilheira)
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