Município da Batalha - Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Espaço do Museu

Os objetos que nos cederam. Oficinas do carpinteiro e do ferreiro

A sala do Museu dedicada à exposição “100 anos de Carvão. Minas de Carvão da Batalha: 1854-1954” exibe uma grande diversidade de objetos, oriundos do concelho da Batalha e de outras regiões do país.

Mas é especificamente de Alcanadas – Batalha que vêm as peças que destacamos este mês. Falamos de ferramentas e utensílios utilizados nas oficinas das minas das Barrojeiras.

Estes objetos representam as diversas atividades de apoio à atividade mineira. Para além da área administrativa, a mina reunia profissionais de todas as especialidades, nomeadamente engenheiros, desenhadores, topógrafos, pedreiros, eletricistas, maquinistas, “operários de fundo”: mineiros, safreiros, entivadores e carregadores de fogo. A estes juntavam-se os carpinteiros, os serralheiros e os ferreiros, que trabalhavam nas oficinas da mina para a construção e reparação de estruturas fundamentais para as atividades de exploração. De acordo com a documentação e com recolhas orais, os vencimentos diários, registados em 1939, para estas profissões eram os seguintes: serralheiro – 14$40; o carpinteiro – 10$00; ferreiro - 10$80.

 

Os objetos de José Fernando Vieira

Nascido e criado em Alcanadas, José Fernando Vieira, tem uma forte ligação com a atividade mineira, sendo “vizinho” da boca da mina. Elemento imprescindível na equipa de investigação da exposição “100 anos de Carvão. Minas de Carvão da Batalha: 1854-1954”, o nosso amigo Zé Fernando, revelou-nos, desde o começo do projeto, um enorme entusiasmo pela defesa da memória das Minas da Batalha. Foi um dos porta-vozes fundamentais entre o Museu e a comunidade de Alcanadas, facilitando o contacto com os antigos trabalhadores das minas. Com ele, foi possível fazer recolhas orais e reunir alguns objetos que hoje estão em exposição no MCCB, nomeadamente os objetos de carpintaria e serralharia que destacamos nesta edição. Alguma destas peças estavam em mau estado de conservação, tendo sido o próprio José Fernando Vieira a cuidar delas e a repará-las para que hoje se possam exibir com dignidade no Museu.

É, ele próprio, um colecionador, tendo cedido algumas das peças em exposição, nomeadamente um serrote traçador (que já vem dos avós), um arco de pua e uma enxó – usados na carpintaria, e uma tenaz de ferreiro.

Assim se constrói o Museu de Todos e se completa a vasta história da Batalha, sendo José Fernando Vieira um colaborador fundamental.

Recordamos que o museu abre de quarta-feira a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h. Siga-nos também nas nossas redes sociais (Facebook: MCCB – O museu de todos) e acompanhe as nossas atividades.


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