Joana Magalhães
Pestanas que Falam
O Natal, o quentinho e a minha gata
Escrevo para a edição do mês de novembro. Quem me dera que já fosse dezembro. O mês em que a nostalgia e a esperança saem à rua para o Natal. Transformados em luzes de todas as cores, pais-Natal e renas, os sentimentos transportam um quentinho bom que aquece o coração frio pelas baixas temperaturas.
Sempre gostei do Natal. Quando era pequena, obrigava a minha mãe a dar uma volta grande de carro pelo centro da cidade de Leiria para poder ver todas as luzes e enfeites [Nota do pai: “Acho que era ao contrário”]. Hoje já não é assim, porque as decorações já não são assim “exageradas”, mas o espírito mantém-se.
Este ano compro a árvore de Natal para a minha primeira casa. Não sei se será grande e até ao teto, se será da minha altura ou até mais pequena. Não sei se terá bolas, estrelas ou as duas coisas. Se será decorada de azul, vermelho, prateado ou todas as cores em conjunto.
Mas sei que estou a contar os dias para o fim-de-semana em que se torna politicamente correto erguer a árvore. No primeiro de dezembro, certo? Nunca mais!... Este ano há uma pequena destruidora lá em casa, e estou certa de que a minha gatinha vai adorar destruir a árvore de Natal tanto quanto eu vou adorar montá-la.
O Natal é nostalgia e esperança. Logo a nostalgia se transforma em mudança e ambição para o novo ano que se aproxima. 2019 foi longo e quase a chegar ao mês do coração quentinho nas temperaturas frias, é mais uma viagem na montanha russa que chega ao fim.
Este ano escrevo sobre o Natal um mês antes, quando ainda não se “ligou a ficha”, nem estamos assoberbados por anúncios na televisão, telemóvel, placards de rotunda e todos os leds das lojas. Porque o Natal é bom na calma de quem pensa nele sem os fatores que lhe tiram aquele quentinho. Na próxima crónica falarei sobre a Páscoa.
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