António Lucas
Ex-presidente da câmara e assembleia municipais
O desempenho das organizações e o desemprego
O desempenho das organizações, sejam elas públicas ou privadas, dependo fortemente da qualidade, da capacidade, do conhecimento, da formação, e fundamentalmente da motivação dos seus trabalhadores/colaboradores, gostando eu mais do termo colaboradores, porque é isso que são. As entidades podem ter à sua disposição excelentes equipamentos móveis e imóveis, mas faltando a disponibilidade mental dos colaboradores, fará sempre pior do que uma entidade similar com equipamentos mais fracos, mas com colaboradores motivados.
É unanimemente aceite e está demonstrado que o recurso mais importante de qualquer organização é o recurso humano. Logo, qualquer chefia inteligente deve dar uma atenção especial a este recurso, valorizando-o, criando boas condições de trabalho, boa formação, um bom sistema de avaliação atualizado e atuando como um líder próximo, atento e disponível para ajudar a equipa a fazer melhor continuamente.
Só assim a organização que lidera pode trabalhar melhor, prestar melhores serviços e mais eficazes, aos seus clientes/utilizadores, e assim servir eficazmente os interesses dos detentores do capital investido e o seu retorno ou minimizar os gastos e melhorar a qualidade do serviço prestado aos seus utilizadores. Só desta forma a organização será competitiva e dará melhores resultados do que as congéneres.
Organizações bem lideradas, dão condições aos seus colaboradores para participarem na gestão, através das suas ideias e iniciativas, potenciam a inovação, o desenvolvimento, a criação de mais e melhor emprego e de mais riqueza, a prestação de melhores serviços, mais rentáveis e/ou de qualidade mais elevada.


Nada pior do que um líder que “puxa as orelhas” aos colaboradores em público, tenha ou não razão, e quando os objetivos são atingidos pela equipa, guarda os louros todos para si próprio.
Nenhuma organização, e repito, publica ou privada, funciona sem os seus colaboradores e quando os objetivos são atingidos, isso só será possível quando toda a equipa puxa para o mesmo lado. O senso comum, a experiência de vida e múltiplos estudos sobre o tema, provam inquestionavelmente esta verdade. Qualquer líder inteligente aproveita da melhor forma possível, todos os recursos que lhe são colocados à disposição, sendo a rentabilização da capacidade, conhecimento e inteligência dos colaboradores a ferramenta mais potente para a obtenção de bons resultados.
Os administradores/gerentes/gestores das empresas do concelho da Batalha têm demonstrado elevadas capacidades de liderança, também demonstrada através das taxas de desemprego no concelho. A Batalha foi sempre um concelho com baixas taxas de desemprego, no contexto regional e nacional, mercê repito, da grande capacidade de inovação e iniciativa dos nossos empresários, da sua capacidade para motivarem os seus colaboradores e da disponibilidade das entidades públicas para não atrapalharem.
A prova do que afirmo é demonstrada claramente pelas estatísticas do desemprego no concelho. Em dezembro de 2017 havia no concelho 350 desempregados. Em dezembro de 2013 (plena crise) o concelho tinha 659 desempregados. Em dezembro de 2007 (período pré crise) o concelho apresentava 301 desempregados. Em dezembro de 2004 (período de crescimento económico) o número de desempregados no concelho era de 266, o número mais baixo desde que o IEFP disponibiliza estes dados.
O que todos desejamos é que o concelho, a região e o país possam atingir uma situação de pleno emprego, sendo esta uma boa utopia.
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