Município da Batalha - Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Espaço do Museu

Museu da comunidade – os objetos que nos cederam: Fósseis de dinossauro – achados por Rui Pinheiro

Os achados expostos da primeira vitrine do Museu oferecem uma viagem pela evolução dos continentes e dos oceanos. Através dos fósseis de invertebrados marinhos, de dinossauros e de mamíferos, percorrem-se milhões de anos e revela-se que já houve mar no concelho da Batalha.

A geologia e paleontologia são as áreas científicas rainhas desta área expositiva com dez metros de comprimento, quase tantos quantos os da espécie de dinossauro descoberta na Batalha e que mudaria o rumo da ciência.

Stegossauro é o nome que andou nas bocas do mundo após a descoberta dos primeiros achados deste herbívoro no continente europeu. Se o saudoso José Hermano Saraiva ainda estivesse connosco, certamente que ergueria as mãos e diria: “foi precisamente aqui”.

E foi mesmo aqui, mais propriamente em Casal Novo, Batalha, que, no meio de uma obra, se revelaram ossos do gigante herbívoro que atravessou dois continentes: o americano e o europeu – quando estes estavam unidos nos tempos do Jurássico.

 

Os passeios de Rui Pinheiro e a descoberta de ossos de um gigante dinossauro

Quem conhece Rui Pinheiro sabe que é um apaixonado pela Natureza. Não é por acaso que tem vindo a integrar diversos grupos e associações ligados à defesa ambiental e ao conhecimento da Biodiversidade. Que o testemunhem os seus companheiros do grupo Aves da Batalha.

Conhece recantos do concelho como a palma da sua mão, fruto das descobertas realizadas nos seus passeios pedestres. Foi o que aconteceu, em 1999, quando trilhava o Casal Novo, Batalha, numa manhã de domingo. O seu olhar atento revelar-lhe-ia aquilo que lhe pareceu ser um tronco de árvore fossilizado. Mas, observando e manuseando o achado, percebeu que não era um ramo, mas sim um osso. Entusiasmado, ligou ao seu cunhado José Travaços Santos e depois ao geólogo Galopim de Carvalho, do Museu de História Natural de Lisboa. O achado trouxe à Batalha o paleontólogo Pedro Dantas, que confirmou tratar-se efetivamente de um osso de um grande herbívoro. Os achados não ficaram por ali. Depois da grande tíbia, o nosso amigo de longa data encontraria outros fragmentos, incluindo vértebras e a tíbia que está em exposição no MCCB.

Assim se constrói o Museu de Todos e se completa a vasta história da Batalha, sendo Rui um colaborador fundamental, desde o início do projeto.

Recordamos que o museu abre de quarta-feira a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h. Siga-nos também nas nossas redes sociais (Facebook: MCCB – O museu de todos) e acompanhe as nossas atividades.


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