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O Ministério Público anunciou no dia 25 de julho que requereu o julgamento do jovem de 18 anos residente no Concelho da Batalha, detido em fevereiro deste ano, “pela prática de dois crimes de terrorismo, um na forma tentada, e um crime de detenção de arma proibida”.

Com base na acusação, arguido, natural de Lapa Furada, na freguesia de São Mamede, “desde setembro de 2021, delineou e decidiu executar um plano que visava praticar um ataque na Universidade de Lisboa, em concreto da Faculdade de Ciências, com o objetivo de matar indiscriminadamente várias pessoas”.

“Para além disso, o arguido tinha ainda a intenção de provocar incêndio e explosões nas instalações daquela faculdade, utilizando para isso meios incendiários de diversa natureza, facas e outras armas, e engenhos explosivos construídos de forma artesanal”, explica em comunicado o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa.

Segundo a acusação, “entre janeiro e 10 de fevereiro de 2022, o arguido muniu-se de todas as armas e artigos que pretendia para efetuar o ataque, tendo definido em concreto os locais, a data e o número de pessoas que pretendia atingir”.

“O arguido transmitiu as suas intenções de concretizar o plano em diversas mensagens de rede sociais” e “dias antes da data prevista para o ataque – 11 de fevereiro de 2022 – uma pessoa não identificada que teve conhecimento daquelas mensagens denunciou a situação ao FBI, que transmitiu a informação à Polícia Judiciária, permitindo assim a realização e diligências que conduziram à detenção do arguido em flagrante delito”.

Aquando das buscas domiciliária, “tinha na sua posse todos os objetos que adquiriu para execução do plano”. O arguido foi sujeito a prisão preventiva em 11 de fevereiro de 2022, entretanto substituída pela medida de internamento preventivo.