Militares passam pela Batalha a caminho do Afeganistão

A força militar constituída por 170 elementos que partiu dia 15 de novembro para o Afeganistão, com a missão de defender o aeroporto internacional de Cabul, recebeu o Estandarte Nacional durante uma cerimónia no largo do Condestável, na Batalha.

A 4ª força nacional destacada, que ficará seis meses no país, é composta por 154 militares da “Quick Reaction Force” e 16 elementos do “National Support Element”. A sua missão é a proteção e segurança do aeroporto internacional Hamid Karzai.

O major de cavalaria Gomes Fazenda, comandante da força, explicou que o objetivo “é tomar conta daquilo que são as operações de segurança no aeroporto: os controlos de acesso da linha de voo do Afeganistão, do aeroporto internacional, assim como a vigilância para os perímetros de exterior e interior”.

“São operações de segurança na salvaguarda dos militares e civis, mais de seis mil, que estão dentro do aeroporto", acrescentou Gomes Fazenda aos jornalistas, após a receção do Estandarte Nacional.

Para o teatro de operações, levam armamento ligeiro, viaturas blindadas e armamento pesado, como metralhadoras, para "garantir a salvaguarda e as operações". Os militares do 4º “National Suport Element”, liderados pelo capitão de cavalaria Sérgio Correia Duarte, vão garantir o apoio administrativo logístico aos seus camaradas portugueses.

O major Gomes Fazenda referiu que a força nacional destacada, integrada no “Base Force Protection Group”, será “responsável por contribuir, de forma decisiva, para a segurança desta infraestrutura. Trata-se de uma tarefa essencial para o cumprimento da missão da força da NATO, nesta instável, imprevisível e arriscada região do globo”.

No seu discurso, o chefe do Estado-Maior do Exército, general José Nunes Fonseca, explicou que “afirmação de um país passa pela sua contribuição para a segurança e defesa comuns, num quadro amplo de aliados” e que, pela “continuada participação em missões no exterior, o Exército alcandorou-se a significativo contribuinte para a segurança global”.

“O desempenho das nossas forças nacionais destacadas tem sido eficaz, irrepreensível e exemplar. É uma realidade confirmada pelas mais altas individualidades que com as mesmas interagem, mas é também, e sobretudo, sentida pelas populações, que pressentem e vivem o ambiente de segurança proporcionado”, adiantou José Nunes Fonseca.

Por outro aldo, destacou que “o majestoso Mosteiro de Santa Maria da Vitória confere um cenário único e irrepetível à cerimónia, lembrando a todos, particularmente aos militares, a vontade indómita de Ser Português. É, pois, um privilégio receber o Estandarte Nacional neste espaço carregado de história e assente numa grande gesta militar”.

O comandante da 4ªFND Afeganistão, Gomes Fazenda, destacou na sua intervenção os “familiares e amigos dos militares da Quick Reaction Force”. “O facto de se deslocarem à Batalha, marcando a vossa presença neste evento, é por nós entendido como um gesto de confiança, respeito e carinho, tanto para com os vossos familiares e amigos que aqui cumprem um exigente aprontamento, como para com a instituição militar, reforçando assim a nossa cordial relação com a sociedade civil”.

“O vosso apoio tem sido fundamental nesta fase de aprontamento, mas será ainda mais vital nos tempos que se seguirão, onde seremos confrontados com realidades completamente diferentes das que estamos habituados e onde será requerida uma adaptação brusca, franca e honesta às exigências que a nossa missão nos trará”, adiantou.

O comandante da 4ªFND destacou, por outro lado, que “há mais de 20 anos que Portugal apronta este tipo de forças para fora das suas fronteiras físicas, em defesa dos seus superiores interesses, tendo, em todas elas, atingido fortes desempenhos que elevam o prestígio do nosso Exército e das Forças Armadas, reforçando a credibilidade de Portugal”.

Por isso, enquanto “representantes da Nação, além-fronteiras”, os militares “devem encarar como obrigação a projeção da excelência e as particularidades do nosso País, desde a nossa história, até à cultura ou ao desporto, sem nunca esquecer os heróis que caíram a defender Portugal”.

 


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