Inaugurado monumento que homenageia combatentes da Batalha

As cerimónias comemorativas do 100º aniversário da fundação da Liga dos Combatentes, do 103º aniversário da Batalha de La Lys e do Dia do Combatente, no dia 9 de abril, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, foram presididas pelo Presidente da República.

No mesmo dia foi inaugurado, pelo Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, o Memorial ao Combatente Batalhense, projetado pela arquiteta Patrícia Soares da Silva, da Direção Geral do Património Cultural (DGPC).

Instalado no Jardim do Condestável, o monumento representa as operações de paz e a Liga dos Combatentes na calota em pedra natural quartzito azul imperador, polido, com 1,80 metros de diâmetro. Em redor desta peça central desenvolvem-se, em leque, quatro países ancorados a uma faixa em aço pintado.

Os países representam Angola, Moçambique, Guiné e França, onde são homenageados e estão inscritos os nomes dos 12 combatentes do concelho falecidos. Cada país é materializado com uma cor distinta a que correspondem diferentes tipos de pedra natural polida, com três metros de comprimento e extremidades com 85 e 55 centímetros de largura: Angola em Granito Zimbabué, Moçambique em travertino encarnado, Guiné em mármore verde Guatemala e França em calcário amarelo imperial.

O símbolo da Liga e as silhuetas dos países foram gravados a jato de areia e os textos, incluindo os nomes dos combatentes, foram gravados em baixo-relevo. O texto na faixa em aço foi recortado na chapa. Todas as peças foram colocadas sobre bases de massame de betão pintado.

“Há 100 monumentos daqueles que se bateram na Grande Guerra e 415 dos que se bateram na Guerra do Ultramar. São símbolos de uma cultura que nasce no povo. É a população portuguesa que ergue estes monumentos, como o que aqui inauguramos e como aquele que amanhã vou inaugurar em Caldelas”, destacou o presidente da Liga dos Combatentes, Chito Rodrigues.

O presidente do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Alexandre Evaristo, referiu que o memorial é um “anseio de 81 anos para conseguir homenagear na freguesia da Batalha os seus 12 combatentes”.

Por seu lado, Paulo Batista Santos, presidente do Município da Batalha, que investiu 12.500 euros na obra, afirmou ser “um dia muito importante”, não só pelo monumento, mas também por acolher a cerimónia dos 100 anos da Liga dos Combatentes.

Durante a manhã, no mosteiro, foi celebrada uma eucaristia em memória dos combatentes falecidos, pelo bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, D. Rui Valério, seguindo-se a cerimónia militar evocativa. No decorrer do evento foi ainda deposta uma coroa de flores pelo Presidente da República no Túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo do Mosteiro, que homenageou os mortos em combate.

“Estamos a evocar o centenário daqueles que caíram e nem se sabe onde e estão aqui no túmulo do soldado desconhecido [Mosteiro da Batalha]. Estamos a evocar o 103º da Batalha de La Lys. Para nós há um século que é o Dia do Combatente, mas este ano foi reconhecido pela própria Assembleia da República”, salientou Chito Rodrigues.

O presidente da Liga dos Combatentes acrescentou que esta cerimónia é também uma “homenagem àqueles que hoje estão espalhados pelo mundo inteiro, pelo novo Ultramar de Portugal: os que estiveram na Bósnia, no Iraque, no Afeganistão e no Centro Africano, como os que estão nas antigas colónias portuguesas a formar as pessoas”.

Já o bispo das Forças Armadas e de Segurança salientou que “os combatentes auxiliam os cidadãos, mulheres e homens de todos os tempos, a caminharem pelas vias da liberdade, da justiça e da solidariedade; eles são faróis de referência ética, moral e de resiliência para a sociedade”.

“Queremos revisitar esses instantes porquanto, no seu dramático desenlace, continuam a ser para nós não motivo de embaraço, mas uma fonte de inspiração fundada na glória de sermos Nação livre e povo construtor de história, criador de pontes e estradas na promoção da universalidade e do encontro entre culturas e nações”, referiu.

“Nunca desistiram de Portugal e por ele davam a vida. Embora abandonados, tornaram-se, com a sua bravura e coragem, pedras do alicerce da Nação”, concluiu D. Rui Valério.


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