A Opinião de António Lucas
Ex-presidente do Município da Batalha
Gestão e serviço público
Os serviços públicos existem para manter as sociedades organizadas, tendo a obrigação de disponibilizar e oferecer aos cidadãos o que é necessário para uma boa vivência em sociedade. Servem também para minimizar e reduzir as diferenças entre classe sociais.
A política permite e deve potenciar a boa gestão da coisa pública em prol do bem estar dos cidadãos.
Por razões identificadas, são por sistema serviços caros, por diversas razões, entre as quais, porque muitas vezes existe pouca racionalidade na gestão, devido ao facto de não se saber bem quem paga e também porque ainda existe muito um pensamento completamente errado, que considera que o que é barato ou de borla, não presta e não prestando será para usar muito e mal e até mesmo quando não se precisa muito desse serviço.
Como tudo o que usamos custa dinheiro, alguém os tem que pagar. E esse alguém somos todos nós pagadores de impostos, pagadores de muitos impostos. E todos queremos continuar a usufruir de bons serviços públicos, mas ao menor preço possível.
Como já todos percebemos e sentimos, são serviços caros, logo a única forma de os tornar mais baratos, será gerir muito melhor a coisa pública.
Todos nós somos gestores de alguma coisa. Em primeiro lugar somos gestores das nossas casas, o que em muitos casos é uma tarefa nada fácil. Procuramos sempre fazer essa gestão, da forma mais racional e equilibrada possível, evitando desperdícios e quando possível tentamos introduzir alguns investimentos que nos permitam retornos a curto médio prazo em poupança corrente. A não ser assim, gastando mais do que se ganha, aumenta-se o endividamento e se a filosofia da gestão continuar a mesma, um dia chegará em que a corda rebenta e a falência surge com todos os impactos que isso acarreta.
Gerir um serviço público, deveria seguir os princípios de uma gestão correta e equilibrada de um orçamento familiar. Uma gestão com uma utilização muito racional e equilibrada de todos os recursos disponíveis, começando nos recursos mais importantes, que são os humanos, para terminar nos materiais.
Aliás, até acho que a gestão pública deve ser muito mais cuidadosa do que a gestão do orçamento familiar do gestor público, porque se no primeiro caso gerir mal, será ele e a sua família a sofrer e a suportar os prejuízos dessa ma gestão, enquanto no segundo caso, seremos todos nós a suportar esses maus gastos.
Aqui chegados, nós cidadãos devemos questionar a má gestão da coisa pública, seja pela errada escolha dos investimentos públicos, pela má gestão dos recursos disponíveis, seja pelo mau atendimento dos munícipes/cidadãos/clientes, seja pelo aumento dos impostos, sem que os serviços públicos prestados estejam ao nível desse aumento de impostos, seja pelo facto de termos gestores públicos que delapidam o erário público para promoção da imagem, que ameaçam tudo e todos que os questionam, etc, etc.
Estamos num ano em que temos as melhores ferramentas para questionar e para demonstrar que não estamos contentes com a gestão da nossa terra. Temos eleições. São secretas.
Temos uma candidatura muito competente com elementos com provas dadas e com os mais competentes. Temos nas nossas mãos a solução para uma gestão muito melhor e muito mais eficiente da coisa pública.
Votemos bem.
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