A Opinião de André Loureiro
Vereador na Câmara da Batalha
Faz o que eu digo mas não faças o que eu faço!
1. O novo presidente da câmara na sua primeira intervenção na posse dos órgãos autárquicos, repetiu o discurso de campanha que nada prometia, mas que iria “falar menos e fazer mais”. No entanto, é notório o esforço em prestar declarações bombásticas quase todos os dias, que é o oposto do tão apregoado espírito conciliador e do político fazedor.
Aliás, a semana que passou foi pródiga em acontecimentos que dizem muito sobre a atual liderança da autarquia e sobre o estado de desorientação em que parece encontrar-se. Alguns chamarão a esses acontecimentos “episódios infelizes”. Primeiro anuncia publicamente que a vâmara tinha poucos “fundos disponíveis”, razão pela qual não haveria gastos com o Natal, apoios ao associativismo ou sequer outras despesas com coisas “supérfluas”, como apoiar as mensalidades das creches ou os cadernos escolares.
Dias depois, certamente porque alguém lhe explicou que as disponibilidades imediatas do Município da Batalha superam o valor de dois milhões de euros, para além de excelentes indicadores financeiros, a autarquia goza ainda de uma margem de endividamento superior a 13 milhões de euros, por conseguinte já se conhecem novas intenções de investimento.
2. Um bom exemplo da capacidade de iniciativa do nosso município concretiza-se na assinatura do contrato de cooperação com o Ministério da Cultura para realizar importantes investimentos no Mosteiro da Batalha, um projeto de 1,6 milhões de euros, totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que Câmara da Batalha vai gerir ao nível de intervenções de requalificação e as obras de melhoria da eficácia energética do monumento.


Nos próximos tempos muito projetos serão concluídos ou executados e que foram desenvolvidos pelo anterior executivo do PSD, o que é natural e que desejamos ser motivo de consenso por parte dos novos responsáveis autárquicos, porque caso assim não suceda, o município será penalizado com perda de verbas comunitárias e com consequências graves para o desenvolvimento do voncelho.
A conclusão do novo pavilhão desportivo de São Mamede, a requalificação da antiga escola primária Cândido da Encarnação (para a nova Casa do Mimo), a abertura da creche municipal na Jardoeira, a conclusão da obras de reabilitação do edifício "Casa da Obra” para residência de estudantes (projeto totalmente financiado pelo apoio financeiro IFRRU 2020), a ligação das ciclovias da Batalha a Leiria e Porto de Mós, a ainda os projetos de valorização do percurso da Pia do Urso e da rota das “Pedreiras Históricas”, são tudo intervenções em curso que representam cerca de cinco milhões de euros de investimento em todo o Concelho da Batalha.
3. Sei bem que o tempo não é para alimentar discussões fúteis e sem qualquer sentido prático sobre que faz melhor, mas seguramente será sempre o tempo para recordar que na vida política não vale tudo, existem princípios básicos de respeito pela vontade das populações que atribuíram cinco maiorias aos executivos liderados pelo PSD, e quem hoje lidera deve ter a responsabilidade de assegurar a continuidade dos projetos e respeitar os adversários.
Dizer mal de tudo e todos eternamente, pode ser uma tática política – e há que reconhecer com algum sucesso na nossa terra -, mas mais para frente, exige-se mesmo que os projetos surjam e a população seja bem servida como merece. Da minha parte, defenderei os meus princípios e valores, com total empenhamento em continuar a defender a nossa terra.
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