Município da Batalha - Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Espaço do Museu

A família Mouzinho de Albuquerque

O nome de Joaquim Mouzinho de Albuquerque, figura em muitas ruas e avenidas portuguesas. A memória do antigo Governador Geral de Moçambique e do Patrono da Arma de Cavalaria, nascido em 12 de novembro de 1855 e falecido em 8 de janeiro de 1902, permanece associada a uma das mais importantes figuras militares portuguesas do século XIX.

A vila da Batalha, a que está ligado pelo nascimento, dedica-lhe uma praça com o seu nome, na qual se ergue um busto à sua imagem. É junto ao busto de Joaquim Mouzinho de Albuquerque que, todos os anos, em julho, a Arma da Cavalaria do Exército lhe presta homenagem, numa cerimónia acolhida e apoiada pelo Município, que assinala os seus feitos patrióticos.

Mas, neste mês de julho em que, anualmente, se evoca Joaquim Mouzinho de Albuquerque, importa também lembrar a pessoa de seu avô, Luís Mouzinho de Albuquerque, uma das grandes figuras do nosso país durante a primeira metade do século XIX e de especial importância na recuperação do Mosteiro da Batalha.

Luís Mouzinho de Albuquerque nasceu em Lisboa, a 16 de junho de 1792, descendente de família da antiga nobreza. Desviando-se da carreira do sacerdócio, para a qual o pai o havia destinado, cedo revelou o gosto pelas artes, pela poesia e pelas ciências físicas e naturais.

Iniciou a carreira militar em 1809, tendo frequentado a Academia Real da Marinha. Formado oficial engenheiro, ingressou também no Observatório Real de Lisboa.

A paixão por Ana de Mascarenhas de Ataíde, sua prima com quem acabaria por se casar, levou-o a abandonar os seus estudos e a dedicar-se à agricultura, no Fundão.

Entre 1820 e 1823, esteve em Paris onde, na redação do seu próprio Jornal, publicou diversos artigos de sua autoria.

Defensor da pátria, da liberdade e do progresso, desempenhou diversos cargos, entre os quais o de ministro do reino, da justiça e da marinha. Foi governador da Madeira, coronel de engenharia, provedor da Casa da Moeda, inspetor-geral das Obras Públicas e membro da Academia de Ciências de Lisboa.

Associando-se também à política de conservação do Património Histórico, concretizou relevantes trabalhos de engenharia, um pouco por todo o país, entre 1840 e 1843.

Em 1840, dirigiu um sábio programa de recuperação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, por iniciativa da rainha D. Maria II e de seu marido, D. Fernando de Saxe-Coburgo. O projeto apoiou-se nos planos deixados pelo arquiteto irlandês, James Murphy.

A obra devolveria a Santa Maria da Vitória, o seu antigo esplendor, sendo salva da ruína que se temia. Sobre este trabalho, Luís Mouzinho de Albuquerque deixou-nos a sua Memória inédita ácerca do edificio monumental da Batalha, onde, não se poupando a detalhes sobre a intervenção realizada, revela um forte sentido estético e poético nas palavras.

Em 1937, adquiriu a Quinta da Várzea, no concelho da Batalha, onde nasceria o seu neto, Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque.

Foi mais tarde, governador civil de Leiria e também Ministro do Reino, dando seguimento ao seu exercício político e militar.

Faleceu com 54 anos, a 27 de dezembro de 1846, vítima de uma bala, no Castelo de Torres Vedras. Encontra-se sepultado na Igreja de São Pedro dessa cidade.

A Homenagem as estas importantes figuras na História de Portugal, bem presente na nossa Vila, tem também lugar no MCCB. Visite-nos e saiba mais sobre a família Mouzinho de Albuquerque.

Fonte: http://www.mosteirobatalha.gov.pt/


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