Faleceu o investigador e estudioso do património Adriano Luís Monteiro

O Município da Batalha emitiu uma “Nota de pesar” sobre o falecimento de Adriano Luís Monteiro, destacando que “manteve sempre uma ligação ao concelho, especialmente ao Mosteiro da Batalha”, pois era natural da Rebolaria, mas estava a residir há vários anos em Famalicão, na Nazaré.

“Autor de diversas publicações de âmbito histórico, deve-se a Adriano Luís Monteiro e à sua curiosidade sobre as áreas do património e da arquitetura a salvaguarda de algumas das publicações mais relevantes já editadas, em Portugal e no estrangeiro, que expunha na sua biblioteca pessoal, constituída por milhares de publicações, muitas delas relativas à Batalha”, refere a autarquia na nota, publicada a 3 de agosto.

A autarquia destaca que “foi um dos principais entusiastas para a instalação do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, estando expostas algumas publicações que cedeu a este equipamento” e “deve-se também à sua ação a constituição do Centro Recreativo da Rebolaria, do qual foi um dos sócios fundadores e a dinamização do Rancho Folclórico Rosas do Lena”.

Adriano Luís Monteiro, que faleceu a 1 de agosto, era engenheiro civil e, durante anos, após concluir os estudos no Porto, teve um gabinete onde se dedicou a diversos projetos, especialmente da zona de Leiria. Pelo meio, realizou investigações sobre a Igreja de São Gião, em Famalicão, os azulejos da Abadia de Santa Maria de Cós – Alcobaça ou a conclusão das Capelas Interrompidas do Mosteiro da Batalha Real.

“Depois de se reformar”, como contou o Jornal de Leiria em outubro de 2017, “comprou uma casa no Sítio da Nazaré para fazer um museu e biblioteca. Mas o espaço tornou-se pequeno pelo que, mais tarde, comprou a casa onde hoje vive, em Famalicão. Uma casa em que quase todas as paredes estão tapadas por inúmeras prateleiras carregadas de livros”.

“Se colocar todos os livros que tem uns sobre os outros, são cerca de “200 metros de altura”. E no meio de tantos, qual é o que mais gosta? “É aquele que me interessa agora.” Pode não ter lido todos, mas folheou-os. “Quando venho de um leilão posso trazer 50 livros. Mas nessa noite tenho de os folhear todos.” Além de livros, tem também uma grande coleção de postais. “Devo ter seis metros de altura em postais”, contava o jornal.


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