A Opinião de Augusto Neves

Jurista e presidente da Concelhia da Batalha do PS

Eleições legislativas

Aproxima-se mais um ato eleitoral da maior relevância para o nosso distrito (e os outros), mas sobretudo para o país. O Partido Socialista a nível distrital fez um excelente trabalho que tornaria possível a aprovação da lista encabeçada pelo Raul Castro.

Raul Castro é um homem com uma agenda política, com curriculum, um homem que pode ir para lá “das fronteiras do PS”. É por isso, do nosso ponto de vista, uma enorme mais-valia para que o nosso distrito ganhe a centralidade, do ponto de vista político, que nunca teve. Raul Castro tem sido capaz de congregar vontades em prol do distrito.

Leva um caderno de encargos pesado: a abertura da base aérea de Monte Real a aviação civil é porventura o que exige mais fôlego. Permito-me também assinalar a linha do oeste que precisa de ser competitiva e concorrer com as empresas de camionagem e com a linha do norte. Não será tarefa fácil mas cremo-la executável. Tal como executável será a despoluição do rio Lis e Lena, tratando, a montante, o problema existente.

Mas a lista não é só Raul Castro, obviamente. Orgulha-nos ter como número dois Elsa Pais, a presidente das mulheres socialistas e sem prejuízo de todos os demais esperamos que a JS possa eleger deputado o Joel, seu presidente como ele merece.

O PS reúne todos os requisitos para obter um excelente resultado nacional e distrital nas próximas legislativas.

Em termos nacionais creio que os cidadãos não têm memória curta e lembrar-se-ão da teoria do empobrecimento do país que Passos Coelho defendia e pôs em prática como a grande bandeira para a recuperação.

Essa teoria munia-se de outras cambiantes como a emigração dos nossos jovens quadros ou o corte de salários e de subsídios de férias e de Natal, muito para além do exigido pela troika.

Esses cortes cegos para empobrecer o país deram os resultados pretendidos. O país ficou realmente mais pobre, muito mais pobre.

Depois veio o PS e a Geringonça dizer que a solução para a recuperação passava pela inversão de políticas: em vez de cortar era preciso repor rendimentos do trabalho e pensões.

Apregoaram a vinda do diabo e novo caos nas contas públicas. Era o retorno a antes da troika, sem dúvida, para a direita. Mas sem dúvida que nem uma coisa nem outra viria.

A reposição continua a ser feita, o pais cresce acima da média europeia, o défice é o mais baixo de sempre, a divida pública baixou para os 118.000 milhões de euros.

Com isto o país poupa muitos milhões de euros em juros, assume a credibilidade das suas políticas económicas e sociais e das suas contas públicas.

Enfim, a direita que acenava com o diabo e o caos vem agora dizer que se tivesse sido governo faria o mesmo que o PS fez, vejam bem.

Mas não faria como é óbvio porque quem governa o pais em tempo de intervenção externa com o que isso implica na capacidade económico-financeira das famílias e das empresas e ainda vai muito para lá disso nos cortes que realiza, não repõe rendimentos, não está no ADN da direita essa política, esse caminho.

Esse Estado social ou a falta dele é o que divide a esquerda e a direita.

E se para alguns havia dúvidas se ainda se justifica falar de direita e de esquerda ficou bem claro com a governação do PSD/CDS e do PS/Geringonça que essa questão ganhou enorme centralidade. A matriz de uns e de outros é hoje bem clara.

É por isso que o Partido Socialista tem tudo para obter a confiança dos portugueses e com isso um excelente resultado nas próximas legislativas para continuar com as políticas que vem seguindo melhorando cada vez mais as condições de vida das pessoas.

Não há país sem pessoas e é por isso que nós consideramos em primeiro lugar as pessoas, as suas condições socioeconómicos para termos um país melhor para todos.

Já a direita considera que o importante não são as pessoas mas sim o país como se o país não fossem as pessoas.

Teremos de trabalhar unidos, para alcançarmos o tal resultado que reverte em melhores condições de vida das populações com melhores serviços públicos que tão decisivos são no nosso dia a dia.

 


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