José Travaços Santos
Baú da Memória
Descobrimentos, Museus e a Língua Portuguesa (III)
Embora criteriosamente, temos de preservar as memórias do nosso Povo, a nossa família no Mundo, nem tudo condenando nem tudo exaltando. Cometeram-se erros condenáveis, que só podemos entender à luz daqueles tempos, e praticaram-se actos de grande inovação, de pioneirismo, de descoberta nos campos da navegação, da geografia, da astronomia, do conhecimento do planeta em que vivemos, doutros continentes e doutros povos…


Como se diz na Colecção Documenta Histórica, na contracapa de “A Fundação do Império Português – 1415/1580, volume I, de Bailey W. Diffie e George D. Winius”, edição da Veja, “Nenhum outro povo na história realizou explorações geográficas tão vastas como os Portugueses. No decurso do século XV foram eles os primeiros a revelar a até então desconhecida costa ocidental da África, atingindo e dobrando o Cabo da Boa Esperança. Realizaram a primeira viagem exclusivamente marítima do Ocidente para Oriente em 1497-99. Cabral alcançou o Brasil durante a viagem para a Índia em 1500. Muitas das ilhas das Índias Orientais tinham sido visitadas por navios portugueses antes de Magalhães começar a primeira viagem de circum-navegação da Terra em 1519. Cristóvão Colombo tinha aprendido muito do seu ofício de navegador em Portugal. Nos finais do século XVI a bandeira portuguesa esvoaçava nas diferentes partes do mundo. Uma questão se coloca inevitavelmente: como é que Portugal, um pequeno país, ocupou a vanguarda das explorações no século XV? (…).
E é sobretudo a esta pergunta que o Museu dos Descobrimentos deveria tentar responder.
O livro dos dois historiadores e professores universitários estrangeiros é, antes de mais, uma lição de objectividade, um estudo tanto quanto possível profundo sobre os nossos antepassados dos séculos XV e XVI e do empreendimento que então levaram avante. Uma obra que aconselho vivamente aos nossos leitores.
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