A Opinião de André Loureiro
Presidente do PSD da Batalha
Covid-19: um vírus que assusta, uma sociedade que reage
O tema do Coronavírus (Covid-19) é incontornável e a sua evolução irá por certo dominar as preocupações de todos nos próximos tempos. Sabemos que o risco de epidemia é uma realidade no nosso país, pelo que a recuperação que todos desejamos irá depender da forma como reagimos enquanto sociedade, mais do que a capacidade de resposta do sistema público de saúde, por melhor desempenho que possa ter.
À data que escrevo estas palavras parece evidente que uma parte considerável da nossa comunidade está tomada pelo medo, assustada com as notícias que todos dias é bombardeada e cujos conteúdos tendem em ampliar uma realidade cada vez mais próxima dos cidadãos. As conversas espelham os inúmeros receios e em muitos casos sucedem-se reações emotivas e com forte tendência para o irracional.
O quadro geral de alarme social, a que se junta as muitas dúvidas sobre o que fazer para contrariar este flagelo que comporta um risco real para a saúde das pessoas, são fatores que justificam todos os receios, mas não devem condicionar a capacidade de agirmos com inteligência e focados no objetivo principal que é enfrentar mais este desafio de saúde pública, tendo a plena convicção que teremos de conviver com o Coronavírus nos próximos tempos, garantindo que o fazemos com serenidade e inteligência. Só assim, e até que exista uma terapêutica eficaz, poderemos avançar com o segurança.


Neste particular, a primeira prioridade é confiar nas autoridades de saúde pública, pela simples razão que são elas que mais garantias poderão assegurar aos cidadãos que é possível inverter a epidemia. A segunda coisa a termos presente é que quaisquer decisões sobre limitar o acesso a serviços públicos ou encerrar espaços coletivos, apenas terá um efeito imediato de transmitir uma aparente segurança, uma vez que na maioria das situações apenas estamos a transferir o problema para as grandes superfícies comerciais ou para outros espaços de acesso público.
Também é claro que o Coronavírus não conhece partidos políticos ou cores futebolísticas, pelo que não existem os decisores imprudentes e os precipitados, apenas podemos confirmar a conhecida capacidade de improviso dos portugueses. Pelo que fazer crítica política a pretexto do tempo da decisão para encerrar o “país” ou queixumes sobre as debilidades dos sistemas de saúde, nesta fase, nada acrescentam apenas geram ainda mais confusão.
Todos, sem exceção, em Portugal e no resto do mundo, devemos estar conscientes do enorme desafio que temos pela frente, não podemos em circunstância alguma embarcar no discurso do medo, temos de agir e acreditar que a melhor defesa contra esta ameaça é uma resposta determinada por parte das autoridades da saúde, acompanhada por uma sociedade consciente que sabe da alternativa que temos é entre gerir esta crise com responsabilidade, adotando comportamentos como o simples lavar das mãos ou medidas de algum recato social, ou evoluirmos para a situação de calamidade nacional como hoje se assiste na Itália. Superar mais esta dificuldade, depende de cada um nós, independentemente das decisões sejam do Governo, das entidades públicas de Saúde ou mesmo das entidades locais. Por isso, a melhor solução para o Coronavírus, como sempre, sou eu, você, somos todos nós!
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