Núcleo de Combatentes da Batalha
Notícias dos combatentes
Centenário do fim da 1ª Grande Guerra
Assinala-se, no decorrer deste ano, o fim da 1ª Guerra Mundial que, recordamos, decorreu entre 28 de julho de 1914 e 11 de novembro de 1918.
Lembremo-nos também que se tratou de uma guerra desencadeada por países europeus, entre si, logo, com epicentro na Europa mas, com o prolongamento do conflito, foram nele intervindo outras potências beligerantes, à escala global, pelo que este acabou por alastrar aos quatro cantos do mundo.
Esta guerra deixou marcas profundas e devastadoras por quase todo o Globo e, após o seu fim, alterou-se profundamente o mapa geopolítico mundial, em especial no nosso continente.
Calcula-se que terão participado nesta guerra cerca de 60 milhões de soldados, só europeus, dos quais 8 milhões morreram; 7 milhões ficaram definitivamente incapacitados e 15 milhões foram gravemente feridos, para além de também terem morrido pelo menos 6 milhões de civis.
Como igualmente sabemos, Portugal foi um dos países que participou nesta guerra, inicialmente em Angola e Moçambique, territórios cobiçados pela Alemanha (o país mais diretamente responsável pelo desencadear da guerra) mas, a partir de 1917, também na Europa, mais concretamente, na região da flandres francesa.
Um dos motivos que terá levado Portugal a participar neste conflito armado foi precisamente a necessidade de preservar aquelas, então, nossas colónias africanas, o que foi conseguido, mas o preço pago não foi pequeno, mesmo só considerando vidas humanas diretamente afetadas.
De facto, embora ainda hoje haja alguma controvérsia quanto ao quantitativo exato de militares envolvidos na guerra, os números mais consensuais apontam para cerca de 105 mil, distribuídos em contingentes similares por África e Europa, tendo morrido à volta de 10 mil homens; outros tantos vieram gaseados ou com outras mazelas irreversíveis, para além de ter havido cerca de 8 mil prisioneiros e desaparecidos em combate.
Tendo, em 1921, a Batalha sido escolhida para albergar, no interior do seu emblemático mosteiro, o símbolo maior, e perene para os portugueses, que é o Túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo; foi também na nossa vila que, no “09 de abril” de cada ano, passou a ser assinalado o sacrifício vivido pelos portugueses nessa terrífica guerra, com a realização de uma digna e simbólica cerimónia nacional, da responsabilidade da Liga dos Combatentes que, tal como uma boa parte dos seus núcleos, nasceu no rescaldo e devido às funestas consequências desse conflito.
Ora, dado que este ano se comemora, como acima dissemos, o centenário do seu termo, o país e o mundo estão a mobilizar-se para assinalarem a data, da qual, naturalmente e por maioria de razões, o Núcleo de Combatentes da Batalha e outras entidades locais não se poderiam abster e dai, nós, a direção do mosteiro e a câmara municipal, estarmos irmanados e apostados em levar a cabo várias realizações alusivas, na nossa vila, pelo menos entre abril e novembro.
Programa “Liga Solidária”: Relembramos aos sócios (e a todos os batalhenses que queiram ajudar uma causa solidária e nobre) que, estando para breve a nossa entrega dos documentos do IRS, temos uma forma simples, e que nada nos custa, para ajudarmos os nossos camaradas que vivem em condições socioeconómicas difíceis: basta-nos colocar um “X” no quadro 11 do modelo 3 e, no campo 1001, o número de contribuinte da Liga dos Combatentes (500 816 905), entidade equiparada a IPSS. É só isto e nada custa aos contribuintes!
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