A Opinião de Pedro Marques
Candidato da Iniciativa Liberal à Assembleia da República
A Batalha também é Lisboa
Mais frequentemente do que queríamos, queixamo-nos da impotência de mudar o nosso país. E em parte temos razão. Comparando com os nossos parceiros europeus, é inegável a centralização vigente em Portugal, mas a verdade é que existem problemas que ora por incapacidade de delegação ora por falta de vontade, a nossa região sozinha não consegue resolver.
Hoje, a vida na Batalha depende daqueles que escolhemos para nos representar em Lisboa. Felizmente temos até ao início do próximo ano para refletir e pensar no que queremos para os próximos quatro anos e que legado queremos semear para o futuro.
Existem de facto reformas que outros partidos históricos deixaram de ambicionar fazer porque se acomodaram à estagnação e à crescente pobreza relativa para com o resto da Europa. Partidos fundadores da democracia que se conformam com cargas fiscais recorde. Que se conformam com os teimosamente baixos salários médios, apenas anestesiados com as subidas do salário mínimo. Partidos que ignoram o crescimento económico e a sua capacidade de resolver o drama dos salários precários, de atenuar a evidente insustentabilidade da Segurança Social e o subfinanciamento crónico dos sistemas de Saúde e de Educação. Partidos que não sabem colocar Portugal a crescer, que já deixaram de o tentar e que apenas oferecem projetos de poder para manter o status quo.
No entanto, como ainda existem portugueses, leirienses e batalhenses que não se conformaram, a Iniciativa Liberal também nunca se conformará. E, portanto, propõe reformas que, uma a uma, melhorarão a vida de todos os portugueses tal como o fizeram para milhões de europeus do Centro e Leste. Tais como:
Valorização do trabalho e do mérito através da redução e simplificação do IRS para duas taxas;
Aumento da competitividade das empresas através da redução do IRC, porque temos a taxa de imposto estatutária mais alta da Europa;
Reforma integral do Sistema Nacional de Saúde que transite para o modelo de saúde alemão e holandês, reforçando o peso da prestação privada e da concorrência, e permitindo o verdadeiro acesso universal à saúde em vez das filas de espera que temos hoje;
Necessidade de aumentar a capacidade produtiva da economia e consequente aumento dos salários, através da captação de investimento privado (nacional e estrangeiro) e de uma duradoura simplificação fiscal e burocrática;
Nem mais um euro para a TAP sem que exista um plano detalhado de saída do Estado da estrutura acionista da empresa, para evitar que a empresa se torne num sorvedouro de dinheiros públicos como aconteceu com o BPN, BES ou CGD;
Reforma do sistema de educativo português, recentrado no aluno e na recolha de dados para implementação de melhores políticas públicas de educação.
Mas as causas liberais são também as causas da Batalha e da região de Leiria.
O programa da Iniciativa Liberal vai ao encontro da valorização, exploração sustentável e conservação da floresta, na qual se insere a recuperação do Pinhal de Leiria.
Vai dar uma resposta realista ao flagelo da poluição das pecuárias na região, que apesar do seu valioso contributo económico, geram externalidades negativas que se refletem numa deterioração dos solos e ameaçam os cursos de água. Responderá dando um ênfase redobrado ao princípio do poluidor pagador.
Entre outras propostas, um deputado liberal pelo círculo de Leiria sabe que a Batalha só mudará se a Assembleia da República mudar a sua composição. Porque a Batalha também é Lisboa, dá uma oportunidade à alternativa liberal.
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