Barreira cortou em 20% o ruído junto ao mosteiro (c/vídeo)

A barreira construída em frente ao Mosteiro da Batalha “reduziu em 20% o ruído”, permitindo que a envolvente do monumento património da humanidade “cumpra agora o regulamento geral” sobre a poluição sonora, revelou esta terça-feira, 14, o presidente da câmara, durante a sessão solene do Dia do Município da Batalha.

Um estudo técnico realizado pelo Laboratório de Ruído e Vibrações (LRV) “confirma a evolução positiva dos níveis do ruído na zona do mosteiro, face a igual análise realizada em 2014, o que permite evidenciar que os parâmetros cumprem os valores regulamentares entre a estrada [EN1/IC2] e o monumento”.

“Foi um projeto difícil, polémico, desafiante”, que constitui “uma vitória da Batalha, da cultura e do património”, disse Paulo Batista Santos, que anunciou os resultados do estudo do LRV “com alegria”.

“O monumento, a história e a memória só existem se soubermos preservá-la. Era essa a nossa preocupação, foi esse desafio que colocámos a nós próprios e que concluímos com sucesso”, adiantou o autarca, que retirou da polémica “um ensinamento importante”.

Este ensinamento, explicou o presidente do município, “valoriza aqueles que debateram o projeto, estando a favor ou contra (e foram alguns), com paixão e entusiasmo relativamente a uma causa comum, o património cultural”.

O autarca considerou que “só foi possível porque houve gente com muita coragem no país”, no governo e noutros organismo do estado, “personalidades portuguesas e estrangeiras”, que disseram ao município, “sem hesitação, que executasse a obra e protegesse o património, porque merece ser defendido”.

“É um projeto único no contexto nacional, na defesa de um património também singular”, considerou Paulo Batista Santos, lembrando ainda “aqueles que lutaram contra o projeto”. “A sua critica foi muito importante para que fossemos mais exigentes no trabalho que estávamos a fazer”, explicou.

O estudo do LRV revela que “no espaço em redor entre a estrada e o monumento, os parâmetros medidos, cumprem atualmente os valores regulamentares, já que se situam abaixo de 65 dB(A) e 55 dB(A), respetivamente”. As medições representam reduções de 9 e 10 dB(A), respetivamente no descritor das 24 horas (Lden) e no descritor noturno (Ln).

As vibrações “registam igualmente uma evolução muito favorável. As de caráter continuado, provocadas pelo tráfego rodoviário no IC2/N1, apresentaram valores inferiores ao limite máximo estabelecido pela norma DIN 4150-3, “pelo que não há risco de dano no edifício decorrente da estrada”.

Quanto à incomodidade devido a vibrações, os técnicos consideram “ter havido uma redução significativa da propagação, passando este efeito a estar abaixo do limiar de sensibilidade”.


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