Autarquia quer travar explorações junto às pedreiras históricas
A Câmara da Batalha reafirmou em meados de maio “a sua determinação em manter as medidas de salvaguarda” das pedreiras históricas de Valinho de Rei e de Pidiogo, depois de ter tido conhecimento que “existe uma forte pressão para licenciar novas explorações de pedra na sua zona envolvente”
A autarquia decidiu na reunião de 13 de maio recordar à Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e entidades de gestão do património cultural que as medidas de proteção “passam pela expressa proibição de qualquer atividade de extração na zona envolvente às atuais pedreiras históricas e no traçado da Rota das Pedreiras Históricas, por imperiosa necessidade de proteção do valor histórico” das duas pedreiras.
Numa nota à imprensa, o município explica que “teve conhecimento através da DGEG que existe uma forte pressão para licenciar novas explorações de pedra na zona envolvente das atuais pedreiras históricas classificadas de Interesse Municipal de Valinho de Rei e de Pidiogo, na Freguesia do Reguengo do Fetal”.
“Mais preocupante se torna quando, consultadas as entidades competentes na área do património cultural, os pareceres emitidos tem sido positivos para novas explorações, o que perspetiva a permissividade para o licenciamento de novas pesquisas e explorações a cargo da DGEG/Divisão de Pedreiras do Centro”, destaca a autarquia.
No âmbito do alargamento da zona especial de proteção daqueles sítios, estão a ser realizados estudos científicos, em parceria com equipa técnica da Universidade de Aveiro, com vista a ser efetuada uma ampliação da área de proteção das pedreiras de onde foi extraída a matéria-prima que serviu de base à construção do Mosteiro da Batalha.
“As recentes decisões da Direção Regional de Cultura do Centro - que na prática apontam para a viabilidade novas explorações de pedreiras em locais próximos das pedreiras históricas -, são motivo de enorme preocupação e suscitam uma enorme surpresa porquanto deveria ser esta entidade a primeira a pugnar pela salvaguarda e valorização do património arquitetónico e arqueológico”, refere o presidente da câmara municipal.
“Seria um grave retrocesso para o projeto de valorização cultural uma opção mais permissiva das entidades com responsabilidades na gestão do património ou por parte da entidade licenciadora, DGEG”, conclui Paulo Batista Santos.
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