José Travaços santos

Baú da Memória

Aquilo de que não podemos abdicar

 

Este número do “Baú da Memória” vai fugir aos temas habituais que têm sido essencialmente, os da evocação do passado batalhense e de algumas figuras que estão ligadas à história da Batalha.

Vou imiscuir-me na política, o que sendo do meu direito e de todos os meus concidadãos, não é, confesso-o, muito do meu agrado. Mas há valores que têm de ser salvaguardados e há problemas que têm de ser equacionados doutra forma.

A liberdade da Pátria Portuguesa e a liberdade dos portugueses têm de ser pontos assentes, a liberdade daquela ser completamente autónoma e a liberdade destes serem os senhores do seu destino.

A liberdade dos cidadãos tem muito, senão tudo, a ver com a economia e nada melhor para o acesso de todos aos bens da Terra, que são de todos e não de minorias privilegiadas, do que as práticas cooperativistas. É o Cooperativismo o sistema que permite esse acesso, que tenta acabar com as desigualdades e injustiças sociais, fazendo-o sempre de forma pacífica e pelo trabalho comum e em prol do comum.

Em Democracia, onde se subentende que é o Povo quem mais ordena, o Povo tem de ser escutado em inúmeras decisões até agora tomadas pelos partidos. E só há uma forma de consultar o Povo: através de referendos, que devem ser decisivos e com um prazo alargado. E frequentes.

Os deputados não podem ser apenas a voz dos respectivos partidos, mas a voz de quem os elegeu, a voz dos seus círculos eleitorais que para o efeito devem visitar regularmente e escutar a opinião popular.

A liberdade da Pátria é essencial à liberdade dos cidadãos, pelo que são de reconsiderar todas as cedências nacionais a troco dos “machos carregados de prata” que podem resolver momentaneamente os problemas do País mas que o tornam, por prazo infinito, devedor cada vez mais penhorado e incapaz de resolver por si os seus problemas.

 


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