Joana Magalhães

Pestanas que falam

Ano novo, novo eu (?)

Dizem que a seguir a um "acontecimento trágico", vem uma grande mudança. Que depois de acontecer uma coisa má, acontecem duas ou três muito boas. Na verdade, acho que esse "acontecimento trágico" faz nascer, em alguns casos, uma vontade nova de fazer diferente e de fazer melhor. Seja uma doença, um acidente ou alguém que nos magoa, o ser humano só olha para trás e para o que faz diariamente com a vida quando algo trágico o atinge. É aí que pensamos no tempo ganho e no tempo perdido. E quase sempre pensamos mais no tempo perdido. Seria bonito pensar que o tempo nunca é perdido, que há sempre uma razão para tudo o que acontece diariamente e que, mesmo não sendo o ideal, traz aprendizagem, traz crescimento. Isso é o mais poético pensamento quando, por exemplo, na clássica retrospectiva do final de ano olhamos para trás e pensamos em tudo o que fizemos, conquistámos e perdemos em 365 dias. No entanto, há aprendizagens que custam mais do que outras.

No final das contas, motivação é motivação. Seja por boas razões, seja por más. O que importa no novo ano é acreditarmos sempre que podemos ser geradores de mudança, mesmo que essa vontade vá decaindo com o passar dos dias de tal forma que em dezembro tentamos recarregar baterias para outro ano. A mudança é sempre boa. Mais que não seja pela coragem de se querer mudar, de não nos conformarmos e de podermos fazer diferente. Mudança implica crescimento, implica motivação. Essa que vem com os "acontecimentos trágicos".

 

 


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