A Opinião de Augusto Neves
Jurista e presidente da Concelhia da Batalha do PS
Abrangência distrital e não apenas na faixa junto ao mar
O Partido Socialista encontra-se este fim de semana em eleições distritais [adiadas sem data, no dia 12 de março, segundo comunicado do PS], nas quis será eleito o presidente da federação distrital e outros elementos, mas vamos centralizar a situação no presidente.
Como é sabido o atual presidente não foi a votos em virtude de ter substituído o presidente anterior, nomeado para desempenhar funções governamentais. Até aqui tudo normal.
Nos últimos anos o PS tem vindo a perder imensos militantes sendo que a responsabilidade tem de ser imputada a quem dirigiu a estrutura federativa.
Este fenómeno parece ser desconhecido dos presidentes, uma vez que desprezam parte significativa da distrital. Acham eles que o que interessa não é o partido crescer, mas sim unicamente a sua eleição.
Tanto assim é que o atual presidente e candidato nunca entrou em contacto comigo para abordar as questões concelhias. Porventura não terei sido o único a ser marginalizado. Eu bem sei que a minha inquietude incomoda várias pessoas, mas enfim.
Temos que pôr o partido acima de tudo isto.
Quem quer ser presidente tem de garantir alguns pressupostos se eleito for. O presidente da federação é a ligação com o Governo e com a estrutura nacional do partido. E tem de incluir nas suas listas militantes que estejam próximo de serem candidatos, sobretudo às autárquicas.
Um outro aspeto é a abrangência a nível distrital, pois não vale apenas a faixa junto ao mar. E outro espeto é a capacidade de cada um dos militantes que integram a candidatura e que depois vão gerir a federação. Fiquei verdadeiramente estupefacto quando me vieram convidar para apoiar o candidato Pereira dos Santos e abordaram a outra candidatura.
E eu disse: mas há mais algum candidato?
É que a concelhia não foi contactada?
Não ele já falou com alguns elementos.
Como?
Falou com alguns elementos, mas não falou com o presidente da concelhia?
Pois.
E é infelizmente este comportamento que tem servido apenas para eleger uns e outros, afundando cada vez mais o partido.
O meu apoio ao candidato Pereira dos Santos prende-se com o facto de já o conhecer há mais de 25 anos, como pessoa séria, credível, ética e sobretudo tem muita vontade de ser eleito, mas sem precisar de tal cargo, pois tem a sua vida mais do que orientada.
Desconheço o autor da carta que foi distribuída acusando o outro candidato de um conjunto de comportamentos que a serem verdade configuram a prática de criminologia. Mas não farei mais comentários, a não ser que gostava que o visado se pronunciasse sobre os documentos divulgados, mas enfim ele lá saberá das suas razões.
Mas vamos em frente fazendo um apelo a quem for eleito que depois disso recaia no espírito dos estatutos do partido e na sua carta de princípios que talvez nunca tenham lido porque caso contrário interpretaram incorretamente o espírito de tais documentos.
O Partido Socialista tem condições a nível governamental para a nível local crescer, mas crescer a sério. Porque ter um Governo destes que retirou o pais da sua lamentável situação e agora estabiliza a situação económica, social e empresarial, mais não pode que não seja tirar proveito dessa situação.
Porque não é todos os dias que isso acontece.
Mas vou dar outro exemplo grandessíssimo de como o espírito de todo o partido viola os princípios estatutários: teve lugar no último congresso realizado como se sabe na Batalha .
Nessa altura questionei a COC sobre se poderia usar da palavra enquanto presidente da concelhia e sem prejuízo do discurso do presidente da federação, foi-me dito que não é tradição e que também essa tradição não ia ser alterada neste congresso.
Haja paciência.
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