José Travaços Santos
Baú da Memória
40 curiosidades sobre o mosteiro
40 curiosidades que, sendo bem e aliciantemente explicadas como foram pelo Dr. Rui Borges Cunha e luminosamente ilustradas por Luís Taklim, são uma agradável lição sobre o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e não só agradável como proveitosa para quem queira saber mais coisas do monumento que é o monumento português mais expressivo porque nos conta, em termos de invulgar elevação artística, um largo período da nossa História, aquele em que Portugal consolidou a sua independência e cumpriu a missão universal dos Descobrimentos, criando um império, que, hoje, fisicamente desfeito, se continua espiritualmente através da Língua Portuguesa. Seria este o império sonhado pelo Padre António Vieira?
O Dr. Rui Cunha é um homem da Cultura, o que tem sido bem demonstrado não só nas suas funções na Câmara Municipal da Batalha como através de iniciativas e de acções culturais em que frequentemente intervém, sendo de destacar a co-autoria, com a Dr.ª Ana Moderno, do maravilhoso livro “Vitória, a Romana que viveu na Batalha”, também ilustrado pelo genial artista que é Luís Taklim.


E quais são as 40 curiosidades? É impossível referi-las todas neste meu espaço do Jornal, mas registo algumas, que nem vão pela ordem da sua publicação, para espicaçar a curiosidade dos leitores: “A escolha do local para a construção do monumento”, “Onde se localizam as pedreiras que forneceram a pedra para a obra?”, “Grandes arquitectos que idealizaram uma obra única”, “Um inovador (e complexo) sistema de abastecimento de água”, “Dois claustros que já não existem”, “Os grafitos: desenhos enigmáticos e inspiradores”, “Gárgulas assustadoras que protegem fielmente o monumento”, “Uma universidade que projecta a Batalha em toda a Europa”, “O monumento está suportado por estacas de madeira?”, “Uma abóbada que fez história” ou, para finalizar o que recortei das quarenta, “Santa Maria-a-Velha, a primeira igreja dos Dominicanos”.
Os leitores, e não só os mais novos a quem este livro de encanto é particularmente dirigido, poderão saboreá-las com tempo e, sem dúvida, com utilidade porque ficarão a saber mais, e mais correctamente, sobre este nosso mosteiro que poucas vezes vemos com olhos empenhados em desvendar os seus mistérios, que são vários, em corrigir erros de informação, que têm sido bastantes, e em conhecer e em reverenciar (ia a dizer: amar) um monumento que é aquele em que “mais Pátria há”, como disse Afonso Lopes Vieira, e em que também há mais arte e onde se colhe mais inspiração.
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