Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)
Espaço do Museu
36 anos de classificação do Mosteiro pela UNESCO
O dia 11 dezembro vai ficar marcado na história de Cabo Verde. A morna cabo-verdiana foi nesta data integrada na lista a classificação de Património Imaterial da Humanidade. A decisão foi tomada na cidade de Bogotá, na Colômbia, no âmbito da 14.ª reunião anual do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
O estilo musical, que tem como uma das maiores figuras a cantora Cesária Évora, torna-se agora um ícone cultural no mundo inteiro. A candidatura a património mundial foi entregue em março de 2018, num processo que envolveu mais de 300 entrevistas e 1000 páginas sobre este património cultural.
Integrar um bem material ou imaterial na lista de Património da Humanidade significa, entre muitos outros critérios: ser a representação de uma obra-prima do génio criativo humano; mostrar um intercâmbio importante de valores humanos, durante um determinado tempo ou em uma área cultural do mundo ou ainda mostrar um testemunho único, de uma tradição cultural ou de uma civilização que está viva ou que tenha desaparecido.
O reconhecimento da morna como Património Imaterial da Humanidade num país africano de língua oficial portuguesa representa para Portugal um importante marco cultural.
É também no mês de dezembro, no dia 9, que se celebram 36 anos sobre a classificação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória como Património da Humanidade pela UNESCO. A placa, aplicada na fachada do monumento, dá memória à classificação que teve, entre outros fundamentos, o facto de o Mosteiro ser “testemunho de uma troca considerável e influências durante um dado período ou numa determinada área cultural, sobre o desenvolvimento da arquitetura, ou da tecnologia das artes monumentais (…)”.
O Centro do Património Mundial, sedeado em Paris, é o órgão responsável por monitorizar o estado de conservação do património classificado com os Estados signatários da convenção. O mesmo órgão também pode abrir o caminho para a perda de classificação, sempre que tal se justifique, por falta de cumprimento na proteção e na preservação do património mundial.
Em Portugal continental e regiões autónomas existem 17 monumentos e paisagens classificados pela UNESCO. A estes junta-se o património imaterial que tem cada vez sido mais valorizado por aquela organização mundial. Desta lista faz parte o fado, a dieta mediterrânica, o cante alentejano, as figuras de barro de Estremoz e os Caretos de Podence, elevados a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO precisamente no dia em que escrevemos este artigo.
Sobre estas estranhas e estridentes figuras mascaradas que integram o tradicional entrudo da região de Trás-os-Montes, a UNESCO destacou a singularidade e ancestralidade dos rituais associados ao entrudo que tanto caracterizam os territórios compreendidos entre os distritos de Vila Real e Bragança.
Um bem classificado pela UNESCO simboliza, pois, um privilégio e um fator de distinção dos territórios, contribuindo para o aumento do usufruto cultural e turístico, numa relação de compromisso e responsabilidade de gestão e defesa do património de todos os habitantes do mundo.
Fontes; www.unesco.p | www.unesco.org | www.rtp.pt | www.mosteirodabatalha.gov.pt
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