Há polémicas que o tempo mantém atuais no concelho

“O rio está a morrer, os lençóis de água vão sendo contaminados e as esterqueiras proliferam um pouco por toda a parte. O equilíbrio ecológico e a qualidade de vida das populações perdem terreno”.

No primeiro ano de publicação (1990), o do Jornal da Batalha abordou temas muito diferentes, ainda atuais nalguns casos e com personalidades de regresso ou no ativo, desde as questões autárquicas à poluição das suiniculturas.

Na primeira edição, uma das notícias de capa nunca se tornou realidade: “Acaba de ser despoletado o processo de criação duma esquadra da PSP na Batalha”. Por outro lado, Raul Castro, presidente da câmara, mostrou-se, em entrevista, conhecedor de todos os "dossiers" e, apesar de já não ter tempo livre, confessou que não estva arrependido.

O mosteiro foi objeto de outra das polémicas do ano: “Os batalhenses andam revoltados e têm as suas razões: o mosteiro não abre quando devia abrir e fecha diariamente a horas que não devia. Trata-se de um problema sem fim à vista. Por isso, correm já rumores que a população poderá ocupar o monumento, caso os responsáveis não o abram durante os últimos dias da festa “rija” deste mês de agosto. Conversações de última hora poderão “obrigar” os homens do IPPC a manter o mosteiro em funcionamento. Mas tudo pode vir a acontecer”, contou o Jornal da Batalha.

Na política, “Coutinho ataca de novo” era o título principal de uma das edições, em que o antigo “Patrão” da Câmara Municipal da Batalha afirmava que “a gestão dos últimos 13 anos foi a mais dinâmica e progressista dos últimos 50 anos” e diz não conhecer “nada que o sr. Castro tenha feito”.

“Suiniculturas destroem ambiente, O triunfo dos porcos” foi outro dos títulos de 1990. “A existência de um elevado número de suiniculturas no concelho da Batalha constitui um dos principais problemas de poluição”, destacava o jornal, adiantando, na 1ª página: “A produção de porcos conhece frequentemente atropelos a normas elementares e pauta-se, quase sempre, pela falta de cumprimento de obrigações de combate à poluição. O rio está a morrer, os lençóis de água vão sendo contaminados e as esterqueiras proliferam um pouco por toda a parte. O equilíbrio ecológico e a qualidade de vida das populações perdem terreno. Os porcos triunfam, em nome e a mando do dinheiro. E a trampa fica por todo o lado. É o troco do negócio”.


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